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Dólar sobe ante real na esteira do Fed e da sabatina de Campos Neto

Às 12:45, o dólar avançava 0,51 por cento, a 3,7624 reais na venda, após fechar com variação positiva de 0,06 por cento, a 3,7434 reais na véspera.

Câmbio: dólar tinha leve variação ante o real nesta terça-feira (Adam Drobiec/Getty Images)

Câmbio: dólar tinha leve variação ante o real nesta terça-feira (Adam Drobiec/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 09h27.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2019 às 13h27.

São Paulo - O dólar subia ante o real nesta terça-feira, acompanhando o exterior após o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmar que a economia dos Estados Unidos segue sólida, apesar de desafios, em depoimento ao Senado dos Estados Unidos.

Às 12:45, o dólar avançava 0,51 por cento, a 3,7624 reais na venda, após fechar com variação positiva de 0,06 por cento, a 3,7434 reais na véspera.

O dólar futuro subia cerca de 0,2 por cento.

Em declarações preparadas, Powell disse que crescentes riscos e dados fracos recentes não devem impedir o crescimento sólido da economia dos EUA neste ano, mas o Fed seguirá "paciente" ao decidir sobre novos aumentos de juros.

"Ele fala da importância da política monetária, que a economia americana está bem apesar de desafios. As outras moedas acabaram ficando um pouco piores", afirmou o estrategista de renda-fixa da Coinvalores Corretora, Paulo Celso Nepumoceno.

Segundo ele, com as sinalizações de Powell, a economia e os ativos norte-americanos em geral tiveram valorização, atraindo investidores, sentimento que foi endossado por um aumento na confiança do consumidor dos EUA em fevereiro.

Na agenda interna, investidores acompanharam a sabatina do indicado a substituir Ilan Goldfajn no comando do BC, Roberto Campos Neto, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Em sua primeira fala pública, Campos Neto indicou que deve manter o norte na condução da política monetária ao pontuar que cautela, serenidade e perseverança são valores que devem ser preservados.

"Em tese, no curtíssimo prazo, a gente deve ter uma continuidade da politica monetária. Não estamos vendo nenhuma ruptura entre uma gestão e outra a princípio", disse Nepumoceno.

Ainda às 18h, o presidente Jair Bolsonaro se reúne com lideranças partidárias da Câmara no Palácio da Alvorada, quando devem ser feitas trativas ligadas à reforma da Previdência.

Na véspera, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeira etapa da reforma, deve ficar para depois do Carnaval.

O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim, rolou 9,297 bilhões de dólares dos 9,811 bilhões que vencem em março.

O BC também já anunciou que fará leilão de linha -- venda com compromisso de recompra -- na quarta-feira, com oferta de 3 bilhões de dólares, para rolagem parcial de um total de 6,05 bilhões de dólares com vencimento em março.

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