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Dólar anula queda e opera praticamente estável ante real

No mercado fututo de dólar, o volume de negociação estava pequeno nesta sessão, segundo operadores, o que acabava potencializando os impactos no mercado à vista


	Dólar: às 12h55, a divisa dos Estados Unidos operava com leve alta de 0,02 por cento, a 2,2610 reais na venda
 (Getty Images)

Dólar: às 12h55, a divisa dos Estados Unidos operava com leve alta de 0,02 por cento, a 2,2610 reais na venda (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 13h29.

São Paulo - O dólar anulou a queda e passou a operar praticamente estável ante o real nesta segunda-feira, em dia de poucas notícias e mesmo após o Banco Central sinalizar que deve rolar fatia maior dos swaps que vencem em 1º de setembro do que no mês passado.

Às 12h55, a divisa dos Estados Unidos operava com leve alta de 0,02 por cento, a 2,2610 reais na venda, após chegar a 2,2482 reais na mínima do dia, pela manhã. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 550 milhões de dólares.

No mercado fututo de dólar, no entanto, o volume de negociação estava pequeno nesta sessão, segundo operadores, o que acabava potencializando os impactos no mercado à vista.

"Num dia de agenda fraca como hoje, num pregão de começo de mês, é normal que o volume continue baixo no mercado futuro e qualquer operação mexe na cotação", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Mais cedo, o dólar registrou quedas maiores sobre o dólar, refletindo o alívio do investidores com a atuação do BC. A autoridade vendeu nesta sessão a oferta total de até 8 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, no primeiro leilão para rolagem dos contratos que vencem em 1º de setembro.

Com isso, rolou cerca de 4 por cento do lote total, equivalente a 10,070 bilhões de dólares.

Se mantiver esse ritmo até o fim do mês, rolará cerca de 80 por cento do lote de setembro, mais do que os 70 por cento rolados no mês passado, mas ainda na estratégia de rolar entre 50 e 80 por cento adotada desde março.

"O anúncio do BC deu alguma tranquilidade para o mercado realizar lucros depois de toda a movimentação da semana passada (quando registrou valorização de 1,48 por cento)", afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel.

"O dólar deve voltar a cair um pouco, agora. Talvez não volte aos 2,20 reais, mas pelo menos aquela pressão de alta perdeu força", acrescentou.

Nas atuações diárias, o BC continuou vendendo a oferta integral de até 4 mil swaps, com volume equivalente a 198,9 milhões de dólares. Todos os contratos vendidos vencem em 2 de fevereiro. Também foram ofertados swaps para 1º de junho, mas nenhum foi colocado.

Também ajudava a trazer alívio ao câmbio o ambiente global mais tranquilo, após uma semana de intensa pressão, que impulsionou a divisa dos EUA acima do teto informal de 2,25 reais.

O dólar vinha oscilando entre 2,20 e 2,25 reais desde o início de abril, com breves exceções. Boa parte do mercado entende que esses níveis agradariam o BC por não prejudicarem a inflação ou as exportações.

"Não tivemos muitas novidades em termos de manchetes.

Levando em conta que o cenário externo tem estado bastante pressionado nas últimas semanas, isso conta como boas notícias", afirmou o operador de um importante banco nacional.

No exterior, o dólar era negociado com leve alta frente ao euro.

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