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Dólar cai pelo 3º dia seguido e fecha abaixo dos R$ 5,15

Expectativa de reabertura parcial da economia americana, ata do Fed e atuações do Banco Central aliviam pressão sobre câmbio

Dólar: na véspera, a moeda à vista fechou em queda de 1,2% (Dado Ruvic/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2020 às 17h05.

Última atualização em 8 de abril de 2020 às 17h39.

O dólar fechou em queda contra o real, nesta quarta-feira, 8, pelo terceiro dia consecutivo. O movimento foi impulsionado por uma série de fatores considerados positivos pelo mercado, como a expectativa de que o lockdown possa durar menos do que o esperado nos Estados Unidos, a ata do Federal Reserve (Fed) e a saída do democrata Bernie Sanders da corrida eleitoral. Internamente, as atuações do Banco Central e as falas do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, foram favoráveis ao real. Com isso, o dólar comercial  encerrou o pregão em queda de 1,6%, cotado a 5,143 reais. O dólar turismo caiu 2,5%, a 5,36 reais.

“Hoje tudo ajudou. Vamos ver se o dólar vai cair um pouco mais para entrar em patamares mais aceitáveis”, afirmou Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos.

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Pela manhã, o discurso do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, contribuiu para a valorização do real contra o dólar. Segundo ele, a autarquia está preparada para uma maior atuação no mercado de câmbio. Hoje, o BC fez dois leilões de 10 mil contratos de swap. “O Banco Central está agindo perfeitamente. Está sendo cirúrgico”, disse Nagem.

O movimento de queda do dólar se intensificou ainda mais no período da tarde, quando o Fed divulgou a ata das duas reuniões extraordinárias realizadas nos dias 3 e 15 de março. O documentado foi interpretado como um sinal de que os EUA farão o necessário para atenuar os impactos econômicos do coronavírus.

Na semana passada, os Estados Unidos registraram mais de 6 milhões de pedidos de seguro desemprego devido aos efeitos colaterais da quarentena. No entanto, a expectativa de que de parte da economia americana retorne à atividade mais cedo também animou os investidores. De acordo com a Bloomberg , a a Casa Branca estuda autorizar a abertura de negócios em cidades menos atingidas pela doença.

"Aquele pânico de voo para qualidade já ficou razoavelmente completo. O mercado tende a ficar mais tranquilo agora", disse Alvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais.

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