O dólar fechou em alta nesta quinta-feira, 16, refletindo a maior insegurança entre os investidores antes do pronunciamento do presidente Donald Trump sobre como planeja reabrir parte da economia americana. Com isso, o dólar comercial subiu 0,3% e encerrou em 5,256 reais. O dólar turismo avançou 0,4%, cotado a 5,54 reais.

Pela manhã, a mesma expectativa pelo afrouxamento da quarentena nos Estados Unidos fez o dólar operar em queda. Os dados semanais sobre pedidos de auxílio desemprego dos EUA também ajudaram a injetar um tom mais positivo nos primeiro negócios do dia, tendo em vista que vieram abaixo do registrado anteriormente.

Na última semana, foram 5,25 milhões de pedidos contra 6,6 milhões no período anterior. Embora levemente acima do esperado, o dado teve impacto positivo, segundo Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus. “O fato de ter vindo menos pior, deu uma tranquilizada.”

Mas, parte desse otimismo se esvaiu quando o governador de Nova York, Andew Cuomo, anunciou a extensão do lockdown por, pelo menos, mais um mês. Outros seis estados da costa leste dos EUA fizeram igual. Mesmo na ponta oeste do país, onde há menor concentração de infectados, o estado de Los Angeles já havia estendido a quarentena para o dia 15 de maio, na semana passada.  

Nos Estados Unidos, já são 654.301 casos de coronavírus confirmados, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Somente em Nova York são 223.231 infectados - quantia que supera a qualquer outro país.

“O mercado de câmbio esteve muito instável no mundo”, afirmou Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos. Entre as principais divisas de países emergentes, somente o rublo russo ganhou força contra o dólar, enquanto o peso mexicano, a rúpia indiana e a lira turca se desvalorizaram. 

Depois de cair mais de 4% na última semana, o dólar aumentou a sequência de valorizações para quatro altas consecutivas.