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Dólar à vista segue desvalorização no exterior

Os investidores em âmbito global reduzem posições na moeda norte-americana após a sinalização do Federal Reserve de que as políticas de estímulo continuarão

No mercado futuro, às 9h25, o dólar para fevereiro de 2013 recuava 0,02%, a R$ 2,040 (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 09h36.

São Paulo - O dólar abriu no campo negativo no Brasil, sintonizado com a desvalorização exibida no exterior. Os investidores em âmbito global reduzem posições na moeda norte-americana após a sinalização do Federal Reserve de que as políticas de estímulo continuarão até que a economia dos Estados Unidos apresente crescimento sustentável.

As perspectivas de inflação em países como o Japão, a China e o Brasil também estão mexendo com a formação de preços das moedas. No mercado doméstico, o perfil e o tamanho do fluxo cambial diário podem ainda ajudar a definir o rumo do câmbio.

O dólar à vista abriu a R$ 2,0330, com queda de 0,15%. No mercado futuro, às 9h25, o dólar para fevereiro de 2013 recuava 0,02%, a R$ 2,040. Este vencimento começou a sessão a R$ 2,0395 (-0,05%) e, até esse horário, oscilou de R$ 2,0380 (-0,12%) a R$ 2,0405 (estável).

O presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse em um em evento em Hong Kong, no fim de semana, que o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed só deve encerrar as compras de ativos no atual programa de flexibilização quantitativa (QE3) quando a economia norte-americana criar cerca de 200 mil empregos por mês durante vários meses.

"Se a economia criar de 1 milhão a 1,5 milhão de empregos no período entre seis meses e um ano, isso provavelmente seria o bastante para sinalizar que as compras de ativos no âmbito do programa QE3 do Fed não são mais necessárias", afirmou Evans.


Em dezembro, o Fed informou em sua ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), que a política monetária poderia mudar nos EUA. Para Evans, um cenário favorável à retomada da política de juros mais alta poderia acontecer apenas em 2015.

A discussão eleva expectativas para o pronunciamento do presidente do Fed, Ben Bernanke, hoje à noite, às 19h (horário de Brasília), em evento na Universidade de Michigan. O rumo da inflação e seu impacto sobre as políticas econômica e cambial também estarão no foco dos investidores não apenas no Brasil.

No Japão, a intenção do primeiro-ministro, Shinzo Abe, de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) estabeleça uma meta de inflação clara a 2%, a fim de acabar com a deflação no país, contribui para uma leve desvalorização da moeda local, o iene ante o dólar. Falando em um programa de TV no Japão, Abe afirmou que a meta de 2% deve ser atingida no médio prazo, não no longo prazo.

Na China, a inflação ligada às fracas condições monetárias globais e aos esforços das autoridades locais para impulsionar o crescimento econômico são as maiores ameaças para a economia chinesa, noticiou ontem o jornal Securities Times, citando um funcionário do Banco do Povo da China (PBoC).

Os influxos de capital desencadeados pelos programas quantitativos de flexibilização da União Europeia e dos EUA terão um grande impacto na China. Já no front doméstico, os governos locais normalmente tentam elevar o crescimento sempre que o país passa por uma mudança na liderança política, disse Jiao Jinpu, diretor de Proteção do Consumidor Financeiro do PBoC. "Esses dois fatores vão elevar os preços ao consumidor", acrescentou.


"Para conter a inflação, é melhor manter a política monetária mais fria do que quente", continuou Jiao. Já a oferta de moeda nacional deve crescer este ano no mesmo ritmo do ano passado, como parte da política monetária "prudente" do país, completou.

No mercado brasileiro, os índices de preços em alta se refletem nas projeções do mercado. A Pesquisa Focus do BC informou hoje que as apostas para a inflação medida pelo IPCA este ano subiram de 5,49% para 5,53%, em meio a uma taxa básica de juros estável em 7,25% ao ano e uma perspectiva de crescimento menor do PIB, de 3,20% ao ano, ante alta de 3,26% projetada na semana passada.

Para o câmbio, o mercado projeta para o fim de 2013 uma taxa menor, de R$ 2,07, ante R$ 2,08 estimados na semana passada.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou, nesta segunda-feira, que a inflação entre os idosos (IPC-3i) encerrou o quarto trimestre do ano passado com alta de 1,59%, acima da taxa de 1,39% apurada no terceiro trimestre de 2012. Em 12 meses, o IPC-3i subiu 5,82%.

Em Nova York, às 9h27, o euro subia a US$ 1,3369, de US$ 1,3343 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar estava em 89,30 ienes, de 89,19 ienes na sexta-feira. O dólar norte-americano recuava ante o dólar australiano (-0,27%), a rupia indiana (-0,51%) e o dólar neozelandês (-0,50%).

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São Paulo - O dólar abriu no campo negativo no Brasil, sintonizado com a desvalorização exibida no exterior. Os investidores em âmbito global reduzem posições na moeda norte-americana após a sinalização do Federal Reserve de que as políticas de estímulo continuarão até que a economia dos Estados Unidos apresente crescimento sustentável.

As perspectivas de inflação em países como o Japão, a China e o Brasil também estão mexendo com a formação de preços das moedas. No mercado doméstico, o perfil e o tamanho do fluxo cambial diário podem ainda ajudar a definir o rumo do câmbio.

O dólar à vista abriu a R$ 2,0330, com queda de 0,15%. No mercado futuro, às 9h25, o dólar para fevereiro de 2013 recuava 0,02%, a R$ 2,040. Este vencimento começou a sessão a R$ 2,0395 (-0,05%) e, até esse horário, oscilou de R$ 2,0380 (-0,12%) a R$ 2,0405 (estável).

O presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse em um em evento em Hong Kong, no fim de semana, que o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed só deve encerrar as compras de ativos no atual programa de flexibilização quantitativa (QE3) quando a economia norte-americana criar cerca de 200 mil empregos por mês durante vários meses.

"Se a economia criar de 1 milhão a 1,5 milhão de empregos no período entre seis meses e um ano, isso provavelmente seria o bastante para sinalizar que as compras de ativos no âmbito do programa QE3 do Fed não são mais necessárias", afirmou Evans.


Em dezembro, o Fed informou em sua ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), que a política monetária poderia mudar nos EUA. Para Evans, um cenário favorável à retomada da política de juros mais alta poderia acontecer apenas em 2015.

A discussão eleva expectativas para o pronunciamento do presidente do Fed, Ben Bernanke, hoje à noite, às 19h (horário de Brasília), em evento na Universidade de Michigan. O rumo da inflação e seu impacto sobre as políticas econômica e cambial também estarão no foco dos investidores não apenas no Brasil.

No Japão, a intenção do primeiro-ministro, Shinzo Abe, de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) estabeleça uma meta de inflação clara a 2%, a fim de acabar com a deflação no país, contribui para uma leve desvalorização da moeda local, o iene ante o dólar. Falando em um programa de TV no Japão, Abe afirmou que a meta de 2% deve ser atingida no médio prazo, não no longo prazo.

Na China, a inflação ligada às fracas condições monetárias globais e aos esforços das autoridades locais para impulsionar o crescimento econômico são as maiores ameaças para a economia chinesa, noticiou ontem o jornal Securities Times, citando um funcionário do Banco do Povo da China (PBoC).

Os influxos de capital desencadeados pelos programas quantitativos de flexibilização da União Europeia e dos EUA terão um grande impacto na China. Já no front doméstico, os governos locais normalmente tentam elevar o crescimento sempre que o país passa por uma mudança na liderança política, disse Jiao Jinpu, diretor de Proteção do Consumidor Financeiro do PBoC. "Esses dois fatores vão elevar os preços ao consumidor", acrescentou.


"Para conter a inflação, é melhor manter a política monetária mais fria do que quente", continuou Jiao. Já a oferta de moeda nacional deve crescer este ano no mesmo ritmo do ano passado, como parte da política monetária "prudente" do país, completou.

No mercado brasileiro, os índices de preços em alta se refletem nas projeções do mercado. A Pesquisa Focus do BC informou hoje que as apostas para a inflação medida pelo IPCA este ano subiram de 5,49% para 5,53%, em meio a uma taxa básica de juros estável em 7,25% ao ano e uma perspectiva de crescimento menor do PIB, de 3,20% ao ano, ante alta de 3,26% projetada na semana passada.

Para o câmbio, o mercado projeta para o fim de 2013 uma taxa menor, de R$ 2,07, ante R$ 2,08 estimados na semana passada.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou, nesta segunda-feira, que a inflação entre os idosos (IPC-3i) encerrou o quarto trimestre do ano passado com alta de 1,59%, acima da taxa de 1,39% apurada no terceiro trimestre de 2012. Em 12 meses, o IPC-3i subiu 5,82%.

Em Nova York, às 9h27, o euro subia a US$ 1,3369, de US$ 1,3343 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar estava em 89,30 ienes, de 89,19 ienes na sexta-feira. O dólar norte-americano recuava ante o dólar australiano (-0,27%), a rupia indiana (-0,51%) e o dólar neozelandês (-0,50%).

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