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Em carta, Dilma pede ajuda do mercado para País crescer

A presidente Dilma Rousseff enviou um carta aos investidores que participam de um evento no JP Morgan

Dilma afirma que o foco do governo será a recuperação do crescimento da economia (Ueslei Marcelino/Reuters)

Karla Mamona

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 10h53.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff enviou uma carta ao mercado apontando as medidas que devem ser tomadas em seu segundo mandato. A carta foi lida pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho, em um evento do JP Morgan, na última segunda-feira.

Na carta, Dilma afirma que a economia brasileira está passando por um momento de transição e que o País ainda é impactado pelo lento crescimento mundial.

Para os próximos anos, a presidente afirma que o foco do governo será a recuperação do crescimento da economia, do controle da inflação e do fortalecimento das contas públicas.

Dilma pede ainda ajuda ao mercado para a “construção de um novo ciclo de desenvolvimento da economia brasileira.”

Leia a carta na íntegra

MENSAGEM DA PRESIDENTE DA REPÚBLICA, DILMA ROUSSEFF, POR OCASIÃO DA OPPORTUNITIES CONFERENCE

Brasília, 2 de dezembro de 2014

A economia brasileira passa por um momento de transição, no qual ainda sofremos os efeitos externos do lento crescimento mundial - inclusive, a redução dos preços das commodities.

Apesar deste cenário, temos conseguido manter a inflação dentro do intervalo estabelecido pelo governo, bem como temos sustentado uma baixa taxa de desemprego.

O crescimento da economia tem estado abaixo do que todos nós esperávamos no início do ano - tanto no governo como no mercado - e isso tem se traduzido num desempenho fiscal menor do que o previsto.

Para os próximos anos, nossa prioridade é recuperar a capacidade de crescimento da economia, com controle rigoroso da inflação, e fortalecimento das contas públicas e, assim, garantirmos o emprego e a renda.

A nova equipe econômica trabalhará em medidas de elevação gradual, mas estrutural, do resultado primário da União, de modo a estabilizar e depois reduzir a dívida bruta do setor público em relação ao PIB.

Também continuaremos a melhorar nossa política de aumento do investimento e de produtividade do trabalho, pois é isso que sustenta um crescimento mais rápido do PIB e dos salários reais, com estabilidade macroeconômica.

As iniciativas em análise envolvem tantas reformas do lado fiscal, para adequar a taxa de crescimento do gasto público ao crescimento da economia, quanto maior desenvolvimento financeiro, com aumento da participação de fontes privadas no financiamento de longo prazo, em especial, da infraestrutura.

Olhando para 2015 e além, contamos com a participação do mercado na construção de um novo ciclo de desenvolvimento da economia brasileira, em que pretendemos continuar nossa política de inclusão social e geração de igualdade de oportunidade para todos os brasileiros e brasileiras. Para isso, a profundidade, a diversidade e a qualidade regulatória do nosso mercado financeiro terão um papel cada vez mais relevante.

Felicitamos, portanto, o JP Morgan por essa ocasião de promover o diálogo do Brasil com os investidores internacionais e desejamos grande sucesso para cada um dos presentes.

Dilma Rousseff

São Paulo - Um levantamento realizado pela consultoria Economatica revelou que a Petrobras e a Vale foram as empresas que mais perderam valor durante o período do Governo Dilma.Entre as 15 empresas analisadas, a queda acumulada é de 583 bilhões de reais. Veja lista a seguir.
  • 2. Petrobras

    2 /17(Sergio Moraes/Reuters)

  • Veja também

    SetorPetróleo
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 2010380,24 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 2014179,55 bilhões de reais
    Variação em reais200,69 bilhões
  • 3. Vale

    3 /17(Divulgação)

  • SetorMineração
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 2010275 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 2014115,64 bilhões de reais
    Variação em reais159,36 bilhões
  • 4. OGX

    4 /17(Divulgação)

    SetorPetróleo e Gás
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201064,66 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 2014324 milhões de reais
    Variação em reais64,33 bilhões
  • 5. Santander

    5 /17(Luísa Melo/Exame.com)

    SetorFinanceiro
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201086,46 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 201456,59 bilhões de reais
    Variação em reais29,87 bilhões
  • 6. CSN

    6 /17(Divulgação)

    SetorSiderurgia e Metalurgia
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201038,88 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 20149,33 bilhões de reais
    Variação em reais29,55 bilhões
  • 7. Eletrobras

    7 /17(Tiago Queiroz)

    SetorEnergia
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201026,21 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 20148,65 bilhões de reais
    Variação em reais17,56 bilhões
  • 8. Usiminas

    8 /17(Nelio Rodrigues/EXAME)

    SetorSiderurgia e Metalurgia
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201020 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 20146,3 bilhões de reais
    Variação em reais13,7 bilhões de reais
  • 9. Gerdau

    9 /17(Paulo Fridman/Bloomberg News)

    SetorSiderurgia e Metalurgia
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201031,14 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 201417,59 bilhões de reais
    Variação em reais13,55 bilhões
  • 10. Bradespar

    10 /17(Reprodução)

    SetorFinanceiro
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201015,22 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 20145,08 bilhões de reais
    Variação em reais10,14 bilhões
  • 11. PDG

    11 /17(Jonne Roriz/EXAME)

    SetorConstrução
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201011,23 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 20141,56 bilhão de reais
    Variação em reais9,67 bilhões
  • 12. Banco do Brasil

    12 /17(Adriano Machado)

    SetorFinanceiro
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201089,88 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 201480,53 bilhões de reais
    Variação em reais9,35 bilhões
  • 13. HRT Petróleo

    13 /17(Divulgação)

    SetorPetróleo
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 20107,34 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 2014233 milhões de reais
    Variação em reais7,10 bilhões
  • 14. BM&F Bovespa

    14 /17(.)

    SetorFinanceiro
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201025,99 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 201419,26 bilhões de reais
    Variação em reais6,73 bilhões
  • 15. ALL

    15 /17(.)

    SetorLogística
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201010,32 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 20144,29 bilhões de reais
    Variação em reais6,03 bilhões
  • 16. Natura

    16 /17(Reprodução/YouTube)

    SetorCosméticos
    Valor de mercado em 31 de dezembro de 201020,54 bilhões de reais
    Valor de mercado em 24 de novembro de 201414,93 bilhões de reais
    Variação em reais5,61 bilhões
  • 17. Vej agora as 10 small caps que deixaram o Ibovespa para trás

    17 /17(Michal Zacharzewski/SXC)

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