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DI abre misto após BC deixar porta aberta para mais altas

São Paulo - As projeções de juros mais curtas subiam e as mais longas caíam nesta quinta-feira na BM&FBovespa, depois de o Banco Central repetir que o ajuste da Selic terá de ser por um período "suficientemente longo". Às 10h17, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 projetava 12,40 por cento ao ano, […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 10h39.

São Paulo - As projeções de juros mais curtas subiam e as mais longas caíam nesta quinta-feira na BM&FBovespa, depois de o Banco Central repetir que o ajuste da Selic terá de ser por um período "suficientemente longo".

Às 10h17, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 projetava 12,40 por cento ao ano, contra 12,39 por cento no ajuste da véspera.

O DI janeiro de 2013 apontava 12,47 por cento, estável, enquanto o DI janeiro de 2014 indicava 12,34 por cento, frente a 12,36 por cento na véspera.

O comentário do Comitê de Política Monetária (Copom), que acompanhou o aumento de 0,25 ponto percentual do juro básico, sugere mais aperto. Até que nível, por ora não se sabe.

O mercado vinha precificando apenas mais uma alta da Selic, em julho, mas agora aguardará a ata da última reunião, que será divulgada na semana que vem, para avaliar se precisará ou não mudar o cenário.

"O Copom agiu de forma correta ao manter o mesmo comunicado e a mesma sinalização da reunião de abril, não se comprometendo com o fim do ajuste e reafirmando o cenário econômico ainda muito incerto, no Brasil e internacional", disse Inês Filipa, economista da Icap Brasil.

"No momento, sem ter a ata como boa fonte de informação, nosso cenário para os juros não muda, mínimo de mais um ajuste de 0,25 ponto em julho, deixando em aberto a decisão de agosto.

O BC poderia encerrar o ajuste na reunião de julho se os indicadores disponíveis confirmassem um ritmo de arrefecimento mais expressivo." Se houver um ajuste mais forte da Selic agora, a possibilidade de aperto mais à frente diminui. Com esse cenário, os contratos de Depósito Interfinanceiro curtos sobem e os longos recuam.

O comunicado do Copom foi similar ao de abril, com algumas pequenas mudanças. Uma foi a retirada da expressão "no momento".

Na quarta-feira, o BC disse que "o Comitê entende que a implementação de ajustes das condições monetárias por um período suficientemente prolongado continua sendo a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012". Em abril, o BC havia dito "o Comitê entende que, neste momento, a implementação...".

"A remoção da expressão anterior 'no momento' pode ser vista como uma indicação de que o BC está inclinado em continuar elevando por um período estendido", afirmou em relatório o BNP Paribas.

A agenda interna do dia contou com dois índices de preços, ambos em desaceleração. O movimento já era esperado e, portanto não muda as perspectivas de nova alta de juro em julho. Esse arrefecimento, no entanto, se mantido, pode levar a uma parada do aperto em julho, se resultar em queda nas previsões inflacionárias para o ano.

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São Paulo - As projeções de juros mais curtas subiam e as mais longas caíam nesta quinta-feira na BM&FBovespa, depois de o Banco Central repetir que o ajuste da Selic terá de ser por um período "suficientemente longo".

Às 10h17, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 projetava 12,40 por cento ao ano, contra 12,39 por cento no ajuste da véspera.

O DI janeiro de 2013 apontava 12,47 por cento, estável, enquanto o DI janeiro de 2014 indicava 12,34 por cento, frente a 12,36 por cento na véspera.

O comentário do Comitê de Política Monetária (Copom), que acompanhou o aumento de 0,25 ponto percentual do juro básico, sugere mais aperto. Até que nível, por ora não se sabe.

O mercado vinha precificando apenas mais uma alta da Selic, em julho, mas agora aguardará a ata da última reunião, que será divulgada na semana que vem, para avaliar se precisará ou não mudar o cenário.

"O Copom agiu de forma correta ao manter o mesmo comunicado e a mesma sinalização da reunião de abril, não se comprometendo com o fim do ajuste e reafirmando o cenário econômico ainda muito incerto, no Brasil e internacional", disse Inês Filipa, economista da Icap Brasil.

"No momento, sem ter a ata como boa fonte de informação, nosso cenário para os juros não muda, mínimo de mais um ajuste de 0,25 ponto em julho, deixando em aberto a decisão de agosto.

O BC poderia encerrar o ajuste na reunião de julho se os indicadores disponíveis confirmassem um ritmo de arrefecimento mais expressivo." Se houver um ajuste mais forte da Selic agora, a possibilidade de aperto mais à frente diminui. Com esse cenário, os contratos de Depósito Interfinanceiro curtos sobem e os longos recuam.

O comunicado do Copom foi similar ao de abril, com algumas pequenas mudanças. Uma foi a retirada da expressão "no momento".

Na quarta-feira, o BC disse que "o Comitê entende que a implementação de ajustes das condições monetárias por um período suficientemente prolongado continua sendo a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012". Em abril, o BC havia dito "o Comitê entende que, neste momento, a implementação...".

"A remoção da expressão anterior 'no momento' pode ser vista como uma indicação de que o BC está inclinado em continuar elevando por um período estendido", afirmou em relatório o BNP Paribas.

A agenda interna do dia contou com dois índices de preços, ambos em desaceleração. O movimento já era esperado e, portanto não muda as perspectivas de nova alta de juro em julho. Esse arrefecimento, no entanto, se mantido, pode levar a uma parada do aperto em julho, se resultar em queda nas previsões inflacionárias para o ano.

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