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Dados dos EUA ditam maior queda em dois anos e meio nas bolsas europeias

Entre as blue chips que sofreram fortes quedas estão Barclays e Société Générale, ambas registrando baixa de mais de 11%

O papel do banco alemão Commerzbank derreteu 10,5% (Miguel Medina/AFP)

O papel do banco alemão Commerzbank derreteu 10,5% (Miguel Medina/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2011 às 13h24.

Londres - O principal índice das ações europeias sofreu nesta quinta-feira sua maior queda diária em dois anos e meio, após uma série de dados macroeconômicos colocarem dúvidas sobre a força da recuperação dos Estados Unidos, maior economia do mundo.

O FTSEurofirst 300, que mede o desempenho dos mais importantes papéis do continente, despencou 4,94 por cento, para 923 pontos. Foi o maior tombo desde março de 2009.

O índice DAX, referência da bolsa alemã, caiu ainda mais --6 por cento--, com operadores citando os efeitos da proibição de vendas a descoberto de papéis do setor financeiro em outras partes da Europa e também a intensificação de temores sobre a falta de um plano político para resolver a crise de dívida soberana na zona do euro.

O índice que acompanha o setor bancário europeu, exposto à crise de dívida na zona do euro, despencou 6,74 por cento, elevando as perdas no ano a cerca de 30 por cento. Entre as blue chips que sofreram fortes quedas estão Barclays e Société Générale, ambas registrando baixa de mais de 11 por cento. O papel do alemão Commerzbank derreteu 10,5 por cento.

"O mercado está começando a precificar uma recessão. O número do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) da Filadélfia foi uma abominação absoluta", disse o analista de mercado da CMC Markets, Michael Hewson.

"E até que tenhamos uma ideia clara de como os formuladores de política monetária vão resolver os problemas de dívida soberana da zona do euro, não vamos ver melhora."

De acordo com o Fed de Filadélfia, o índice de atividade das fábricas caiu de 3,2 em julho para menos 30,7 neste mês, muito abaixo das expectativas de uma leitura positiva em 3,7.

Uma leitura acima de zero indica expansão no setor manufatureiro da região, que cobre fábricas no leste da Pensilvânia, sul de New Jersey e no Delaware.

Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em baixa de 4,49 por cento, a 5.092 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 5,82 por cento, para 5.602 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 5,48 por cento, a 3.076 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 6,15 por cento, para 14.970 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 retrocedeu 4,7 por cento, a 8.317 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 encerrou em queda de 4,12 por cento, para 6.030 pontos.

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