CVM portuguesa vê riscos em venda da PT
A conclusão consta em carta enviada ao presidente da mesa da assembleia geral da holding PT SGPS, António Menezes Cordeiro, pelo presidente da CMVM
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 20h02.
Rio - A dois dias da reunião para decidir sobre a venda da Portugal Telecom , o órgão regulador do mercado de capitais português, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), avaliou que ainda há aspectos a serem esclarecidos antes dos acionistas da holding PT SGPS votarem sobre a venda da operadora ao grupo francês Altice por 7,4 bilhões de euros.
A conclusão consta em carta enviada ao presidente da mesa da assembleia geral da holding PT SGPS, António Menezes Cordeiro, pelo presidente da CMVM, Carlos Tavares.
A reunião está marcada para quinta-feira, 22, após ter sido adiada no último dia 12 em meio a outro pedido de informações adicionais da CMVM.
A solicitação do órgão regulador pode acarretar em uma nova postergação.
A CMVM já solicitou que a holding PT SGPS disponibilizasse informações adicionais anteriormente, o que foi feito no último dia 15.
A PT SGPS tem 25,6% da Oi, que, por sua vez, é dona da operadora PT Portugal.
Um dos pontos levantados é sobre a auditoria realizada pela PwC a respeito das aplicações de tesouraria da PT SGPS em entidades do Grupo Espírito Santo (GES), após calote de 897 milhões de euros dado pela Rioforte.
A análise foi feita a pedido do Conselho de Administração da PT SGPS em agosto, mas a CMVM destaca que houve "limitações relevantes".
A CMVM diz que a PT SGPS, em especial seu conselho de administração, precisa analisar em que medida as conclusões do relatório da PwC poderá justificar uma eventual renegociação dos termos da permuta, fechada entre Oi e PT após o calote, bem como a entrada de ações judiciais.
A reguladora do mercado diz ainda que não foram entregues a ela cópias dos acordos de onde constam os termos da operação de venda da PT Portugal para a Altice.
Segundo a CMVM, o Conselho de Administração terá que explicitar em que medida a aprovação da proposta da assembleia permite "salvaguardar os interesses e as garantias dos credores da PT Portugal".
Reação
Em documento enviado nesta terça-feira, 20, à CMVM e ao presidente da mesa da assembleia geral da PT SGPS, António Menezes Cordeiro, o presidente da Oi, Bayard Gontijo, diz que Henrique Granadeiro, ex-presidente da holding PT SGPS, prestou "informações falsas" em carta entregue recentemente aos mesmos.
No documento, ao qual o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, teve acesso com fontes do setor, o executivo diz ainda que Granadeiro "não satisfeito" deu publicidade "de forma ostensiva" ao comunicado que promoveu, por meio de declarações a diversos órgãos de comunicação social.
A Oi informou ainda que tomará, em relação a Granadeiro, "procedimentos judiciais sancionatórios que se justificam atenta a ilicitude de sua conduta".
Na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" informou que, diante das declarações do executivo, a operadora brasileira está discutindo com seus advogados a possibilidade de processar Granadeiro.
Em outra carta enviada à CMVM, Menezes Cordeiro defendeu que a reversão da fusão entre Oi e PT é possível, "num ponto que deveria ser estudado em profundidade".
O presidente da mesa da assembleia já tinha defendido anteriormente o fim da união dos negócios entre as companhias.
Rio - A dois dias da reunião para decidir sobre a venda da Portugal Telecom , o órgão regulador do mercado de capitais português, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), avaliou que ainda há aspectos a serem esclarecidos antes dos acionistas da holding PT SGPS votarem sobre a venda da operadora ao grupo francês Altice por 7,4 bilhões de euros.
A conclusão consta em carta enviada ao presidente da mesa da assembleia geral da holding PT SGPS, António Menezes Cordeiro, pelo presidente da CMVM, Carlos Tavares.
A reunião está marcada para quinta-feira, 22, após ter sido adiada no último dia 12 em meio a outro pedido de informações adicionais da CMVM.
A solicitação do órgão regulador pode acarretar em uma nova postergação.
A CMVM já solicitou que a holding PT SGPS disponibilizasse informações adicionais anteriormente, o que foi feito no último dia 15.
A PT SGPS tem 25,6% da Oi, que, por sua vez, é dona da operadora PT Portugal.
Um dos pontos levantados é sobre a auditoria realizada pela PwC a respeito das aplicações de tesouraria da PT SGPS em entidades do Grupo Espírito Santo (GES), após calote de 897 milhões de euros dado pela Rioforte.
A análise foi feita a pedido do Conselho de Administração da PT SGPS em agosto, mas a CMVM destaca que houve "limitações relevantes".
A CMVM diz que a PT SGPS, em especial seu conselho de administração, precisa analisar em que medida as conclusões do relatório da PwC poderá justificar uma eventual renegociação dos termos da permuta, fechada entre Oi e PT após o calote, bem como a entrada de ações judiciais.
A reguladora do mercado diz ainda que não foram entregues a ela cópias dos acordos de onde constam os termos da operação de venda da PT Portugal para a Altice.
Segundo a CMVM, o Conselho de Administração terá que explicitar em que medida a aprovação da proposta da assembleia permite "salvaguardar os interesses e as garantias dos credores da PT Portugal".
Reação
Em documento enviado nesta terça-feira, 20, à CMVM e ao presidente da mesa da assembleia geral da PT SGPS, António Menezes Cordeiro, o presidente da Oi, Bayard Gontijo, diz que Henrique Granadeiro, ex-presidente da holding PT SGPS, prestou "informações falsas" em carta entregue recentemente aos mesmos.
No documento, ao qual o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, teve acesso com fontes do setor, o executivo diz ainda que Granadeiro "não satisfeito" deu publicidade "de forma ostensiva" ao comunicado que promoveu, por meio de declarações a diversos órgãos de comunicação social.
A Oi informou ainda que tomará, em relação a Granadeiro, "procedimentos judiciais sancionatórios que se justificam atenta a ilicitude de sua conduta".
Na semana passada, o jornal "O Estado de S. Paulo" informou que, diante das declarações do executivo, a operadora brasileira está discutindo com seus advogados a possibilidade de processar Granadeiro.
Em outra carta enviada à CMVM, Menezes Cordeiro defendeu que a reversão da fusão entre Oi e PT é possível, "num ponto que deveria ser estudado em profundidade".
O presidente da mesa da assembleia já tinha defendido anteriormente o fim da união dos negócios entre as companhias.