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CSN, Qualicorp e JBS: as ações que mais subiram no 1º semestre

Na ponta negativa, Braskem, Ultrapar e B2W foram as piores dos últimos meses.

CSN: valorização de quase 100% no semestre. (CSN/Divulgação)

CSN: valorização de quase 100% no semestre. (CSN/Divulgação)

TL

Tais Laporta

Publicado em 29 de junho de 2019 às 06h35.

Última atualização em 29 de junho de 2019 às 08h54.

São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi a empresa que mais teve ganhos na Bolsa nos seis primeiros meses de 2019, segundo dados fornecidos pela provedora de informações financeiras Economatica.

Beneficiada pelo forte avanço nos preços do minério de ferro no mercado internacional, a companhia que passou a ter metade de seu lucro representado pela mineração em 2018 viu suas ações valorizarem 98,32% no semestre. Elas eram negociadas a R$ 16,71 no fechamento desta sexta-feira (28).

Apesar da guinada, a empresa que hoje vale R$ 23 bilhões sofreu um golpe no mês de junho. O Morgan Stanley revisou as recomendações para o preço do aço e, por efeito, rebaixou também o preço-alvo dos papéis da CSN, o que fez a empresa recuar na Bolsa. No mês, a siderúrgica acumulou queda de 1%.

Outro papel que brilhou foi o da administradora de planos de saúde Qualicorp, beneficiada por uma melhora na geração de caixa e ampliação da receita. Segundo a Economatica, a empresa que tomou um banho de governança teve valorização de 85% nos últimos seis meses, negociada a R$ 22,97 por ação até esta sexta.

Na terceira posição, aparece a produtora de alimentos JBS. A companhia cresceu tanto que a delação premiada dos irmãos Batista e os desdobramentos da Operação Carne Fraca, deflagrados nos anos anteriores, parecem páginas viradas em sua história. 

A ação da empresa subiu 83,11% entre janeiro e junho deste ano e atingiu picos históricos em maio. O papel da JBS terminou junho cotado a R$ 21,22, levando o valor de mercado da companhia  a R$ 56,5 bilhões.

A valorização pode entrar na conta do avanço da febre suína em países asiáticos, doença que dizimou plantéis de suínos na China e forçou o gigante asiático a importar mais carne para suprir a demanda local, beneficiando o setor de carnes brasileiro como um todo.

Braskem, Ultrapar e B2W: as piores do 1º semestre

Na ponta negativa do Ibovespa, a petroquímica Braskem perdeu 26,07% no primeiro semestre, após uma enxurrada de notícias negativas envolvendo a companhia. Problemas com a mina Salgema em Maceió, Alagoas, que causou rachaduras em casas de um bairro próximo, foram a ponta do iceberg. A petroquímica também perdeu valor quando a holandesa LyondellBasell desistiu de adquirir a companhia, controlada pela empreiteira Odebrecht.

A segunda maior queda foi da distribuidora de combustíveis Ultrapar, dona dos postos Ipiranga, que viu suas ações perderem 23,43% no semestre, cotadas a R$ 20,10. Avaliada hoje em R$ 21,8 bilhões, a companhia desapontou investidores ao entregar resultados fracos de suas empresas, prejudicada pela queda no consumo de combustíveis.

Em seguida, a plataforma de comércio eletrônico B2W, controlada pelas Lojas Americanas, teve uma desvalorização de 20,66% no semestre. As ações terminaram negociadas a R$ 32,64, após divulgar prejuízos em balanços financeiros recentes.

Ibovespa: melhor desempenho em 3 anos

O primeiro semestre do ano foi marcado por forte alta do Ibovespa. O principal índice acionário da bolsa subiu 14,8% – o melhor resultado para o período desde 2016. Após seguidos recordes e algumas escorregadas, o indicador conseguiu se manter acima dos 100 mil pontos no último pregão de junho.

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