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Covid na China, Lula no FT, Musk sem Twitter e o que mais move o mercado

Semana inicia com maior cautela por retomada de restrições para conter variante ainda mais contagiosa do coronavírus na China

Metrô de Xangai: cidades da china retomam restrições por nova variante do coronavírus (Qilai Shen/Getty Images)

Metrô de Xangai: cidades da china retomam restrições por nova variante do coronavírus (Qilai Shen/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de julho de 2022 às 07h24.

Última atualização em 11 de julho de 2022 às 07h52.

A tentativa de controlar novos casos de covid-19 na China volta a adicionar cautela no mercado internacional nesta segunda-feira, 11, após cidades do país retomarem parte das restrições. No centro das preocupações dos chineses está a nova variante Ômicron BA.5, que seria ainda mais contagiosa que as anteriores.

A bolsa de Xangai caiu mais de 1% nesta madrugada, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, tombou mais de 2%. O pessimismo também atingiu as negociações de minério de ferro, que caiu mais de 3% em Dalian, indicando um pregão de perdas para as mineradoras e siderúrgicas brasileiras. Na Europa, as principais bolsas operam em queda, com o euro voltando a se desvalorizar perante o dólar, com a cotação se aproximando cada vez mais da paridade 1 euro para 1 dólar.

Além da maior aversão ao risco, a percepção de um aperto monetário mais duro por parte do Federal Reserve (Fed) aumenta as apostas de alta da moeda americana. Os dados do mercado de trabalho americano da semana passada, que saíram mais fortes que o esperado, reforçaram as expectativas de um Fed mis agressivo nos próximos meses.

Apesar da valorização do dólar, o mercado de ações americano apresenta fraqueza, com os principais índices futuros em baixa nesta manhã.

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Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,38%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,50%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,71%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,26%
  • DAX (Frankfurt): - 0,53%
  • CAC 40 (Paris): + 0,62%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 2,77%
  • Shangai Composite (Xangai): - 1,27%
  • Nikkei 225 (Tóquio): - 0,13%

Musk desiste do Twitter

Investidores americanos deverão reagir nesta segunda à desistência da compra do Twitter, anunciada por Elon Musk na noite de sexta-feira, 8. As ações da rede social, que já tinham caído 5% no último pregão sobe expectativa de cancelamento do negócio, aprofundaram as perdas no pós-mercas em mais de 6% após a confirmação de Musk.

A diretoria do Twitter espera reaver a oferta do bilionário, que era de US$ 54,20 por ação contra US$ 36,81 do último fechamento. O número de contas falsas na plataformas, supostamente subnotificado pelo Twitter, foi a chave a para a desistência da compra, segundo Musk. 

Cenário eleitoral

No Brasil, as atenções se voltam cada vez mais para o cenário eleitoral, com a aproximação do pleito. Será divulgada nesta segunda a pesquisa de intenção de voto do BTG Pactual. Na edição anterior, de duas semanas atrás, Luiz Inácio Lula da Silva liderava a corrida por 43% contra 33% do atual presidente Jair Bolsonaro.

Lula no Financial Times

Em entrevista concedida ao Financial Times e publicada nesta segunda, Lula afirmou que procura um nome político para o Ministério da Economia, que seria aconselhado por uma equipe de economistas.

A estratégia seria semelhante a adotada em seu primeiro mandato, quando escolheu o médico Antônio Palocci para comandar o Ministério da Fazenda. A escolha por um perfil mais conservador do ponto de vista fiscal poderia ser visto como um gatilho positivo para os ativos locais, como bolsa e real, segundo gestores do mercado.

Lula também tentou "afastar dúvidas" sobre sua responsabilidade fiscal, segundo a reportagem, ao afirmar que foi ensinado a "gastar menos do que ganha".

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