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Contágio da Grécia pode superar Lehman Brothers, diz Deutsche Bank

CEO do banco alemão prevê choque maior caso outros países também sejam afetados

"Se outros países forem levados pelo contágio, isso pode ser maior que o Lehman”, disse o executivo do Deutsche Bank (Aris Messinis/AFP)
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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2011 às 18h28.

São Paulo – O risco de contágio da Grécia, caso o país não honre os pagamentos da sua dívida, pode superar o visto com a quebra do banco americano Lehman Brothers em 2008, disse hoje o CEO (Chief Executive Officer) do Deutsche Bank, Josef Ackermann.

“Se for apenas a Grécia sozinha já será grande. Mas se outros países forem levados pelo contágio, isso pode ser maior que o Lehman”, disse o executivo durante uma conferência bancária realizada pela Reuters nesta segunda-feira (27).

O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, renovou hoje seu pedido aos partidos de oposição de apoio ao plano do governo de austeridade de cinco anos. "Não queremos que seja aprovado por apenas 155 deputados do partido socialista", disse.

"Venham e enviem uma mensagem de união e consenso. Seria ótimo se saíssemos da votação com pelo menos 180 aprovações", afirmou. As declarações abriram os debates, de dois dias, sobre o pacote de austeridade de 28 bilhões de euros, prevendo cortes de salários e aumento de impostos. A votação está prevista para a quarta-feira.

Repercussões

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, propôs hoje um novo plano de resgate da Grécia com a participação do setor bancário. O plano, segundo o jornal "Le Figaro", foi recebido favoravelmente.

Os bancos e seguradoras credores da dívida grega reinvestiriam 70% do arrecadado com os pagamentos em títulos da dívida do país e não 100%, como o proposto até agora. Em contrapartida, as instituições colocariam 50% dos capitais em novos créditos de 30 anos e os 20% restantes em papéis com “cupom zero”, cujos juros não são cobrados conforme gerados, mas no vencimento.

Pascal Lamy, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou hoje que "ainda não é tarde demais" para evitar que a crise da dívida grega se transforme em "uma crise da Europa". "É preciso uma dose de disciplina e de solidariedade", ressaltou em entrevista à emissora de rádio "France Info".

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São Paulo – O risco de contágio da Grécia, caso o país não honre os pagamentos da sua dívida, pode superar o visto com a quebra do banco americano Lehman Brothers em 2008, disse hoje o CEO (Chief Executive Officer) do Deutsche Bank, Josef Ackermann.

“Se for apenas a Grécia sozinha já será grande. Mas se outros países forem levados pelo contágio, isso pode ser maior que o Lehman”, disse o executivo durante uma conferência bancária realizada pela Reuters nesta segunda-feira (27).

O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, renovou hoje seu pedido aos partidos de oposição de apoio ao plano do governo de austeridade de cinco anos. "Não queremos que seja aprovado por apenas 155 deputados do partido socialista", disse.

"Venham e enviem uma mensagem de união e consenso. Seria ótimo se saíssemos da votação com pelo menos 180 aprovações", afirmou. As declarações abriram os debates, de dois dias, sobre o pacote de austeridade de 28 bilhões de euros, prevendo cortes de salários e aumento de impostos. A votação está prevista para a quarta-feira.

Repercussões

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, propôs hoje um novo plano de resgate da Grécia com a participação do setor bancário. O plano, segundo o jornal "Le Figaro", foi recebido favoravelmente.

Os bancos e seguradoras credores da dívida grega reinvestiriam 70% do arrecadado com os pagamentos em títulos da dívida do país e não 100%, como o proposto até agora. Em contrapartida, as instituições colocariam 50% dos capitais em novos créditos de 30 anos e os 20% restantes em papéis com “cupom zero”, cujos juros não são cobrados conforme gerados, mas no vencimento.

Pascal Lamy, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou hoje que "ainda não é tarde demais" para evitar que a crise da dívida grega se transforme em "uma crise da Europa". "É preciso uma dose de disciplina e de solidariedade", ressaltou em entrevista à emissora de rádio "France Info".

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