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Com guerra menos provável, o otimismo voltará às bolsas?

A declaração de Trump trocando ameaças militares por sanções comerciais reanimou os investidores — mas o Irã está longe da normalidade

Queda de avião do Irã: suspeita crescente é que aeronave foi abatida por engano (West Asia News Agency/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2020 às 06h42.

Última atualização em 9 de janeiro de 2020 às 07h07.

São Paulo — A escalada de ameaças entre Irã e Estados Unidos chegou ao fim? A declaração do presidente americano Donald Trump, ontem, trocando ameaças militares por sanções comerciais, reanimou os investidores, e as bolsas asiáticas fecharam em forte alta nesta quinta-feira. A bolsa de Tóquio subiu 2,3%; a de Hong Kong, 1,68%; a de Xangai, 0,91%.

O otimismo pode ganhar corpo ainda com a notícia divulgada por Pequim que o vice-premiê Liu He deve ir aos Estados Unidos na semana que vem para assinar a “fase 1” do acordo comercial entre os dois países, segundo a agência Reuters. Em dezembro, Trump havia informado que a assinatura aconteceria no dia 15 de janeiro, próxima quarta-feira.

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Ainda assim, a morte do general Qassim Soleimani, e a resposta do Irã, podem ter novos desdobramentos nesta quinta-feira. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne nesta quinta-feira, em Nova York, para avaliar os conflitos.

O órgão reúne, além de Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido, e deve reforçar o coro por negociações. Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, potencialmente um dos maiores beneficiados com a crise geopolítica, pediu o uso da diplomacia. Em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, disse que o uso de armas tem que dar lugar ao diálogo.

Em Washington, a presidente da Câmara dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, tentará aprovar, hoje uma série de medidas para limitar novas ações militares de Trump no Iraque. Pelosi não ficou satisfeita com explicações dadas a congressistas pela equipe de Trump, ontem, e sua postura foi elogiada até por republicanos no Congresso, como o senador Lindsey Graham.

Nesta madrugada, dois foguetes caíram perto da zona de embaixadas na cidade, num episódio ainda não explicado. Mais nebulosas ainda estão as investigações sobre a queda do avião ucraniano, ontem em Teerã, com 176 mortos. O governo iraniano se apressou em culpar falha mecânica para a queda, mas se recusou em divulgar o conteúdo das caixas pretas. A suspeita crescente é que o avião pode ter sido abatido por engano, uma vez que o país estava em alerta máximo no momento da queda. O risco de guerra aberta arrefeceu, mas a situação em Teerã está longe da normalidade.

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