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Com atuação do BC, dólar cai ante o real após 5 sessões

O dólar fechou em queda de 1,71 por cento, cotado a 2,0170 reais, próximo à mínima do dia, de 2,0165 reais

O gestor diz acreditar que as intervenções da autoridade monetária têm mantido o dólar entre um intervalo de 1,95 e 2,10 reais (Mark Wilson/Getty images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2012 às 17h55.

São Paulo - Em função da atuação do Banco Central, o dólar encerrou em queda de mais de 1 por cento ante o real nesta terça-feira, depois de cinco sessões seguidas de alta. O BC voltou a fazer um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro, após seis pregões. Para operadores, a autoridade monetária aproveitou para atuar logo pela manhã a fim de evitar que a moeda subisse ao longo do dia. O dólar fechou em queda de 1,71 por cento, cotado a 2,0170 reais, próximo à mínima do dia, de 2,0165 reais.

A máxima foi de 2,0641 reais, registrada na abertura. "O BC aproveitou a própria força do mercado, e sem deixar que ele oscilasse, o dólar já estava enfraquecendo. A autoridade monetária não tem que gerar estresse, ela tem que tirar o estresse do mercado e com uma atuação como a de hoje consegue e segurar o dólar", disse o sócio-gestor da Vetorial Asset, Sérgio Machado. O BC atuou logo pela manhã nesta terça-feira, com a moeda norte-americana perto da estabilidade e no patamar de 2,05 reais.

Para Machado, ao atuar pela manhã, o BC também evitou que a moeda subisse mais próximo do fechamento da sessão, como na véspera. Na operação desta terça-feira, o BC vendeu 20.300 contratos, ou 50,75 por cento, da oferta de até 40 mil contratos de swap cambial tradicional . Nos leilões anteriores, a autoridade monetária tinha vendido cerca de um terço dos papéis ofertados.


O gestor diz acreditar que as intervenções da autoridade monetária têm mantido o dólar entre um intervalo de 1,95 e 2,10 reais, com tendência maior a se manter entre 2 e 2,05 reais. "Até onde a vista alcança não vejo o mercado com muito espaço para (o dólar) cair abaixo de 2 reais", avaliou. Para o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, o BC também está fixando um teto informal de 2,05 reais, que levou a instituição a atuar na maioria das vezes.

"Eu acho que ele (o BC) não aceita esse dólar acima de 2,05 reais", disse. Para Medeiros, o resultado do leilão do BC nesta terça-feira não mostra uma grande demanda, embora lembre que a autoridade monetária tenha mais informações para julgar qual deve ser o tamanho da oferta de contratos e o que o mercado está precisando. "O BC tem todas as informações de todos os bancos, sabe a posição de cada um, e se há ou não especulação, se está faltando moeda ou não", avaliou.

O diretor de câmbio destacou ainda que o mercado ficará atento aos dados de fluxo cambial referentes a maio, que serão divulgados na quarta-feira. Os números mostrarão se o BC também está atuando em função de uma saída de dólares do Brasil e para fornecer liquidez ao mercado. Em maio, até o dia 25, o fluxo cambial estava negativo em 2,763 bilhões de dólares.

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São Paulo - Em função da atuação do Banco Central, o dólar encerrou em queda de mais de 1 por cento ante o real nesta terça-feira, depois de cinco sessões seguidas de alta. O BC voltou a fazer um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro, após seis pregões. Para operadores, a autoridade monetária aproveitou para atuar logo pela manhã a fim de evitar que a moeda subisse ao longo do dia. O dólar fechou em queda de 1,71 por cento, cotado a 2,0170 reais, próximo à mínima do dia, de 2,0165 reais.

A máxima foi de 2,0641 reais, registrada na abertura. "O BC aproveitou a própria força do mercado, e sem deixar que ele oscilasse, o dólar já estava enfraquecendo. A autoridade monetária não tem que gerar estresse, ela tem que tirar o estresse do mercado e com uma atuação como a de hoje consegue e segurar o dólar", disse o sócio-gestor da Vetorial Asset, Sérgio Machado. O BC atuou logo pela manhã nesta terça-feira, com a moeda norte-americana perto da estabilidade e no patamar de 2,05 reais.

Para Machado, ao atuar pela manhã, o BC também evitou que a moeda subisse mais próximo do fechamento da sessão, como na véspera. Na operação desta terça-feira, o BC vendeu 20.300 contratos, ou 50,75 por cento, da oferta de até 40 mil contratos de swap cambial tradicional . Nos leilões anteriores, a autoridade monetária tinha vendido cerca de um terço dos papéis ofertados.


O gestor diz acreditar que as intervenções da autoridade monetária têm mantido o dólar entre um intervalo de 1,95 e 2,10 reais, com tendência maior a se manter entre 2 e 2,05 reais. "Até onde a vista alcança não vejo o mercado com muito espaço para (o dólar) cair abaixo de 2 reais", avaliou. Para o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, o BC também está fixando um teto informal de 2,05 reais, que levou a instituição a atuar na maioria das vezes.

"Eu acho que ele (o BC) não aceita esse dólar acima de 2,05 reais", disse. Para Medeiros, o resultado do leilão do BC nesta terça-feira não mostra uma grande demanda, embora lembre que a autoridade monetária tenha mais informações para julgar qual deve ser o tamanho da oferta de contratos e o que o mercado está precisando. "O BC tem todas as informações de todos os bancos, sabe a posição de cada um, e se há ou não especulação, se está faltando moeda ou não", avaliou.

O diretor de câmbio destacou ainda que o mercado ficará atento aos dados de fluxo cambial referentes a maio, que serão divulgados na quarta-feira. Os números mostrarão se o BC também está atuando em função de uma saída de dólares do Brasil e para fornecer liquidez ao mercado. Em maio, até o dia 25, o fluxo cambial estava negativo em 2,763 bilhões de dólares.

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