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Com 2º trim. forte, Latam projeta Ebitda recorde em 2023 e não vê queda de preço de passagem

Companhia aérea passou a projetar melhores perspectivas de Ebitda e margem

Latam: empresa reportou liquidez de US$ 2,6 bilhões no 2º trimestre (Latam/Divulgação)
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 2 de agosto de 2023 às 20h45.

Última atualização em 2 de agosto de 2023 às 20h53.

Na companhia aéreaLatam, pandemia e recuperação judicial já são mesmo páginas viradas. No segundo trimestre, o lucro líquido somou US$ 145 milhões, revertendo um prejuízo de US$ 450 milhões de um ano antes. A receita somou US$ 2,68 bilhões, um salto de 20%.

Com isso, a empresa passou a projetar melhor Ebitdar ( lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos de reestruturação ou de arrendamento) para o ano: algo entre US$ 2,35 bilhões e US$ 2,5 bilhões. Antes previa algo entre US$ 2,0 bilhões e US$ 2,2 bilhões. A projeção de margem Ebit (operacional) também melhorou, passando de 6% a 8% para 10% a 11%.

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"Vamos superar o resultado pré-pandemia com esse guidance. Tínhamos um resultado inferior naquela época ao que vamos ter este ano", disse a jornalistas o CFO da Latam, Ramiro Alfonsin. "A empresa vai estar menos alavancada e com mais Ebitda", completou. No segundo trimestre, a Latam conseguiu terminar o período com liquidez de US$ 2,6 bilhões e alavancagem baixa se comparada a seus pares, na casa de 2,4x.

A demanda aquecida está impulsionando o negócio. De abril a junho, a empresa transportou2.277.553 passageiros, 33% mais do que no mesmo intervalo de um ano antes. A forte demanda de passageiros e a queda nos preços do combustível de aviação, apesar do enfraquecimento da demanda de carga, permitiram à Latam atingir uma margem operacional ajustada de 10,1% no trimestre e 10,3% no primeiro semestre do ano. O Ebitdar ajustado totalizou US$ 559 milhões durante o trimestre.

Passagem aérea vai ficar mais barata?

Apesar de enxergar tendências de queda, a direção da companhia também vê volatilidade nos preços do combustível e no dólar, o que impede o corte nos preços das passagens. " Vemos uma estabilidade de preços. A evolução de preço vai depender de duas variáveis. A primeira é combustível, e a segunda é que temos a boa notícia com o dólar. Mas também temos de lembrar que antes da pandemia a moeda americana estava a R$ 4,2. Então, não espero queda de preço e, sim, estabilidade", disse Jerome Cadier, CEO da Latam no Brasil.

A empresa vai participar do Voa Brasil, programa do governo federal que vai permitir a venda de passagens a R$ 200 para pessoas elegíveis, como estudantes e aposentados. De acordo com o executivo, o programa está quase na fase lançamento, com as empresas ajudando nos últimos detalhes do aplicativo em que as passagens serão ofertadas.

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