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Coligadas da Bolsa também vão mudar de nome; confira alterações

A empresa resultante da fusão entre a Bovespa e Cetip agora se chama B3 (Brasil, Bolsa e Balcão)

B3: sede da companhia continuará no centro de São Paulo, onde fica a Bovespa (BM&F Bovespa)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de março de 2017 às 14h01.

Última atualização em 30 de março de 2017 às 16h30.

São Paulo - A empresa fruto da fusão entre BM&FBovespa e Cetip foi batizada de B3 (Brasil, Bolsa e Balcão). O anúncio foi feito na quarta-feira, 29, em festa no clube Monte Líbano, com os funcionários da empresa.

Após quase um ano do anúncio da fusão ao mercado, BM&FBovespa e Cetip obtiveram na semana passada todos os avais regulatórios. A empresa, segundo seus executivos, dá mais musculatura para a infraestrutura de mercado brasileira, que unirá no mesmo guarda-chuva o mercado de renda fixa e variável.

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Depois da escolha do nome de B3 para a companhia fruto da fusão entre BM&FBovespa e Cetip, as marcas de suas ligadas e coligadas também irão mudar, caso da BSM (BM&FBovespa Supervisão de Mercados) e do banco de BM&FBovespa.

Outra mudança será a do ticker da companhia, hoje BVMF3. A ação da Cetip, com a integração, foi negociada na quarta pela última vez.

Uma marca que não mudará, segundo o diretor presidente da companhia, Edemir Pinto, é o Ibovespa. Assim, o principal índice do mercado de ações brasileiro manterá o nome.

Sede

O Conselho de Administração da companhia definiu que a sede da companhia seguirá no centro de São Paulo. Edemir disse que foi estudado unificar todos os funcionários em um único local, mas o conselho preferiu, até aqui, não fazer essa mudança.

Menos dispêndios

Os investidores terão menores dispêndios para a realização de operações na B3 diante da maior eficiência da alocação de capital e alto padrão de gerenciamento de riscos do lado dos reguladores, disse nesta quinta-feira, 30, Edemir Pinto. "Teremos benefícios sem precedentes", disse o executivo, em coletiva de imprensa.

O guidance de sinergias dada ao mercado em relação à combinação das atividades de BM&FBovespa e Cetip é de R$ 100 milhões a partir do terceiro ano da fusão.

O executivo disse ainda que com valor de mercado da ordem de US$ 13 bilhões, a B3 deverá assumir em breve a posição de 5ª maior do mundo, atrás apenas da CME, ICE/Nyse, a bolsa de Hong Kong e a Deutsche Börse.

Prazo de integração

Depois de iniciar em alto ritmo o processo de integração de BM&FBovespa e Cetip, a projeção da B3, novo nome da companhia fruto da fusão, é de que essa etapa esteja encerrada em um prazo de 12 a 18 meses, disse também nesta quinta o diretor executivo de integração da B3 e futuro presidente da companhia, Gilson Finkelsztain.

A busca, após esse processo, será por soluções aos clientes e por novas fontes de receitas, de forma a haver mais oportunidades para os clientes fazerem "mais negócios", segundo o executivo.

Regras de acesso

Entre os compromissos assumidos com a Comissão de Valores Mobiliários, a da realização de uma consulta pública sobre temas como as regras de acesso de terceiros à infraestrutura da companhia terá início no fim de abril e duração de 30 dias, disse o diretor executivo de Operações, Clearing e Depositária da B3, empresa fruto da fusão da BM&FBovespa e Cetip, Cícero Vieira.

O executivo disse ainda que foi acertado com o regulador que a companhia terá que rebalancear as tarifas da plataforma de negociação, clearing e depositária, de acordo com os custos.

Juros e dividendos

O pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) e dividendos da B3, empresa fruto da fusão entre BM&FBovespa e Cetip, deverá ficar entre 70% e 80% do lucro líquido societário, disse o diretor executivo Financeiro, Corporativo e de Relações com Investidores da companhia, Daniel Sonder. Ainda para que a empresa volte a ter sua alavancagem em torno de 1 vez o Ebitda anual, a empresa não realizará nos próximos anos o seu tradicional programa de recompra.

Para fazer frente ao pagamento para os acionistas da Cetip, a BM&FBovespa vinha aumentando seu caixa desde o final do ano passado. Além de vender sua participação detida na bolsa norte-americana CME, a companhia elevou seu endividamento, principalmente como uma emissão de debêntures.

Segundo Sonder, o saldo esperado de caixa da companhia é sempre de R$ 2,5 bilhões.

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