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Coca-Cola levanta US$ 5 bilhões em sua maior oferta de bônus

Objetivo é refinanciar dívidas em um momento em que os custos de empréstimos estão caindo novamente a uma baixa recorde


	Coca-cola em gôndola no supermercado: a fabricante de refrigerantes emitiu porções iguais de US$ 500 milhões de títulos a taxas fixas e flutuantes com vencimento em 2016
 (Getty Images)

Coca-cola em gôndola no supermercado: a fabricante de refrigerantes emitiu porções iguais de US$ 500 milhões de títulos a taxas fixas e flutuantes com vencimento em 2016 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 13h21.

Nova York - A Coca-Cola Co. levantou US$ 5 bilhões em sua maior oferta de bônus na história. A maior empresa de bebidas do mundo se prepara para refinanciar dívidas em um momento em que os custos de empréstimos estão caindo novamente a uma baixa recorde.

A fabricante de refrigerantes emitiu porções iguais de US$ 500 milhões de títulos a taxas fixas e flutuantes com vencimento em 2016, duas partes de US$ 1,25 bilhão que vencem em 2018 e 2020 e US$ 1,5 bilhão em bônus de 10 anos, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A transação ocorre duas semanas depois que a empresa com sede em Atlanta reportou um aumento de 5,9 por cento no lucro do terceiro trimestre, para US$ 2,45 bilhões, com o CEO Muhtar Kent trabalhando para aumentar os preços e estimular os clientes a tomarem bebidas em qualquer lugar.

Kent previu que a empresa e suas engarrafadoras chegariam a US$ 200 bilhões em receita global em 2020, o dobro do montante gerado em 2010.

“A empresa segue no caminho para atingir sua visão de 2020 de dobrar as receitas”, escreveu ontem Edward Mui, analista da empresa de pesquisas de dívida CreditSights Inc., com sede em Nova York, em um relatório que manteve um “outperform”, ou desempenho acima da média, para os bônus da Coca-Cola.

A fabricante de refrigerantes tem uma “presença internacional grande e diversificada, fluxos de caixa livres estáveis e robustos e métricas de crédito saudáveis”, escreveu Mui.

Venda de 2010

A venda de ontem excede uma oferta de US$ 4,5 bilhões de novembro de 2010, mostram dados da Bloomberg. O dinheiro arrecadado será usado para pagar ou reembolsar seus US$ 1,25 bilhão em bônus de 0,75 por cento com vencimento em 15 de novembro, além de US$ 1 bilhão em flutuantes e US$ 900 milhões de notas de 3,625 por cento, ambas com vencimento em março, disse a Coca-Cola ontem em um arquivo regulatório.


Os flutuantes de três anos pagam 10 pontos-base mais que a taxa interbancos oferecida em Londres e os bônus de 0,75 por cento com vencimento similar rendem 22 pontos-base mais que os títulos do Tesouro, mostram dados da Bloomberg.

Os debêntures de 1,65 por cento e cinco anos têm um spread de 42, os títulos de 2,45 por cento de sete anos pagam um extra de 60 e os bônus de 3,2 por cento e 10 anos rendem 70 a mais que os índices de referência.

O spread nos bônus de 2023 excede o rendimento relativo em títulos da Coca-Cola com vencimento semelhante em circulação a partir de 28 de outubro em 7 pontos-base, mostram estimativas do Bloomberg Valuation.

Os rendimentos médios de bônus com grau de investimento denominados em dólar caíram 3,19 por cento em 28 de outubro, ante uma alta de mais de 19 meses, de 3,67 por cento, em 5 de setembro, segundo dados do índice Bank of America Merrill Lynch. Eles atingiram uma baixa recorde de 2,65 por cento em maio e giraram em 5,87 por cento durante as duas últimas décadas.

A Coca-Cola está classificada como Aa3 pelo Moody’s Investors Service, um equivalente AA- pela Standard Poor’s e um degrau abaixo, A+, pela Fitch Ratings. A Libor, a taxa pela qual os bancos dizem que podem emprestar entre si, foi fixada em 0,24 por cento ontem.

O Bank of America Corp., o Deutsche Bank AG, o HSBC Holdings Plc e a Morgan Stanley ajudaram a gerenciar a venda, mostram os arquivos.

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