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Chipre dita aposta em ações defensivas na Bovespa em abril

Incertezas com os desdobramentos da crise na ilha e seu impacto na Europa fazem com que as ações defensivas continuem na preferência de analistas

Vale: de cinco carteiras recomendadas obtidas pela Reuters, as ações da Vale se destacaram, com presença em todas. (Sérgio Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 18h50.

São Paulo - As incertezas com os desdobramentos da crise no Chipre e seu impacto na Europa fazem com que as ações defensivas continuem na preferência de analistas, segundo carteiras recomendadas por corretoras e bancos de investimentos para este mês.

Em março, o Ibovespa acumulou queda de 1,87 % e fechou o primeiro trimestre com o pior resultado para o período em 18 anos. Além das preocupações com a Europa, pesaram sobre o mercado brasileiro preocupações com a economia doméstica, devido às pressões inflacionárias, baixo crescimento e intervenção estatal no setor privado, e desconfianças do mercado com as empresas de Eike Batista.

Como não há expectativa de melhora do cenário, que ainda aponta para um possível aperto monetário no país, bancos e corretoras estão apostando em papéis com ganhos mais seguros, como o Bradesco, que vem apresentando bons resultados nos últimos trimestres.

"Mantemos maior exposição em ações defensivas, com geração de caixa mais previsível e maiores retornos sob a forma de dividendos", afirmaram analistas do HSBC, liderados por Carlos Nunes, em relatório.

Analistas da Concórdia acreditam que o mês de abril não será diferente de março. "A volatilidade continuará persistente ao longo do mês, e acreditamos que isto decorrerá de uma aposta menos contundente dos players em relação à bolsa brasileira", disseram em relatório.

A corretora afirma que irá reforçar suas apostas em ações mais ligadas ao mercado interno e com geração de caixa consistente.

Os analistas do Banco Santander lembraram que já no fim deste mês tem início uma nova temporada de balanços e concentrou o peso em sua carteira em ações de empresas que devem divulgar bons resultados, como Klabin, Pão de Açúcar, Bradesco e Cosan, entre outras.

"Considerando o momento adverso, permaneceremos com um portfólio mais exposto à ações domésticas defensivas, que apresentam forte momento operacional, alta previsibilidade de geração de caixa e baixo endividamento (como alimentos e bebidas, bancos, distribuição de combustíveis e embalagens) até que os indicadores macroeconômicos domésticos (principalmente produção industrial e investimentos) comecem a melhorar", disseram analistas liderados por Leonardo Milane, em relatório.

De cinco carteiras recomendadas obtidas pela Reuters, as ações da Vale se destacaram, com presença em todas. O recente aumento nos preços de minério manteve a ação em destaque, apesar de sua participação ter sido reduzida em algumas carteiras, como a do HSBC, devido aos riscos de curto prazo relacionados à votação para nova lei dos royalties do setor.

Também foram destaque ações do Pão de Açúcar e Brasil Foods.

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São Paulo - As incertezas com os desdobramentos da crise no Chipre e seu impacto na Europa fazem com que as ações defensivas continuem na preferência de analistas, segundo carteiras recomendadas por corretoras e bancos de investimentos para este mês.

Em março, o Ibovespa acumulou queda de 1,87 % e fechou o primeiro trimestre com o pior resultado para o período em 18 anos. Além das preocupações com a Europa, pesaram sobre o mercado brasileiro preocupações com a economia doméstica, devido às pressões inflacionárias, baixo crescimento e intervenção estatal no setor privado, e desconfianças do mercado com as empresas de Eike Batista.

Como não há expectativa de melhora do cenário, que ainda aponta para um possível aperto monetário no país, bancos e corretoras estão apostando em papéis com ganhos mais seguros, como o Bradesco, que vem apresentando bons resultados nos últimos trimestres.

"Mantemos maior exposição em ações defensivas, com geração de caixa mais previsível e maiores retornos sob a forma de dividendos", afirmaram analistas do HSBC, liderados por Carlos Nunes, em relatório.

Analistas da Concórdia acreditam que o mês de abril não será diferente de março. "A volatilidade continuará persistente ao longo do mês, e acreditamos que isto decorrerá de uma aposta menos contundente dos players em relação à bolsa brasileira", disseram em relatório.

A corretora afirma que irá reforçar suas apostas em ações mais ligadas ao mercado interno e com geração de caixa consistente.

Os analistas do Banco Santander lembraram que já no fim deste mês tem início uma nova temporada de balanços e concentrou o peso em sua carteira em ações de empresas que devem divulgar bons resultados, como Klabin, Pão de Açúcar, Bradesco e Cosan, entre outras.

"Considerando o momento adverso, permaneceremos com um portfólio mais exposto à ações domésticas defensivas, que apresentam forte momento operacional, alta previsibilidade de geração de caixa e baixo endividamento (como alimentos e bebidas, bancos, distribuição de combustíveis e embalagens) até que os indicadores macroeconômicos domésticos (principalmente produção industrial e investimentos) comecem a melhorar", disseram analistas liderados por Leonardo Milane, em relatório.

De cinco carteiras recomendadas obtidas pela Reuters, as ações da Vale se destacaram, com presença em todas. O recente aumento nos preços de minério manteve a ação em destaque, apesar de sua participação ter sido reduzida em algumas carteiras, como a do HSBC, devido aos riscos de curto prazo relacionados à votação para nova lei dos royalties do setor.

Também foram destaque ações do Pão de Açúcar e Brasil Foods.

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