China retoma exportações, inflação ao produtor nos EUA e o que mais move o mercado
Bolsas internacionais operam sem direção definida, após ata do Fed alertar para riscos de crise bancária
Repórter
Publicado em 13 de abril de 2023 às 07h45.
Última atualização em 13 de abril de 2023 às 07h46.
Bolsas internacionais operam sem uma direção definida nesta quinta-feira, 13, após a ata do Federal Reserve (Fed) ter provocado maior cautela entre investidores no fim da última tarde. A principal mensagem dos membros do Fed foram as preocupações quanto à crise no setor bancário americano.
Na decisão anterior, vale recordar, o Fed elevou sua taxa de juro em apenas 0,25 p.p. após a quebra do SVB ter feito investidores reduzirem as apostas de uma alta mais dura, de 0,5 p.p., na reunião passada. "Recessões históricas relacionadas a problemas no mercado financeiro tendem a ser mais severas e persistentes do que as recessões médias", afirmou o Fed na ata.
Os principais índices de ações fecharam em queda nos Estados Unidos, mesmo após dados da inflação ao consumidor americano terem saído abaixo das expectativas. A inflação mais fraca e as preocupações do Fed, no entanto, tiveram efeito limitado sobre os juros futuros americanos, com investidores ainda apostando alto em mais uma elevação de 0,25 p.p. na decisão de maio.
Inflação ao produtor nos EUA
O quebra-cabeça envolvendo os próximos passos do Fed deve ganhar mais uma peça nesta quinta, com a divulgação do Índice de Preço ao Produtor americano (PPI, na sigla em inglês) O dado será divulgado às 9h30 (de Brasília) sob expectativa de uma alta mensal de 0,1%, diminuindo o PPI de 12 meses de 4,6% para 3%.
Desempenho dos indicadores às 7h45 (de Brasília):
- Dow Jones futuro (Nova York): + 0,01
- S&P 500 futuro (Nova York): + 0,09%
- Nasdaq futuro (Nova York): + 0,22%
- FTSE 100 (Londres): + 0,01%
- DAX (Frankfurt): - 0,06%
- CAC 40 (Paris): + 0,91%
- Hang Seng (Hong Kong)*: +0,17%
China retoma exportações
Investidores também deverão repercutir nesta quinta os dados dda balança comercial chinesa divulgados nesta madrugada. A grande surpresa ficou com o crescimento das exportações no mês de março, com alta de 14,8% ante o consenso do mercado de queda de 7% na comparação anual. Já as importações caíram menos que o esperado, com redução de 1,4% no período contra a expectativa de uma baixa de 5%.
Apesar dos números surpreendentes, o minério de ferro fechou em queda de 2,6% na bolsa de Dalian. O movimento, segundo a Reuters, foi motivado por temores de menor atividade no setor de construção chinês.
Como foi o Ibovespa no último pregão?
Enquanto investidores esperam por novas altas de juros nos Estados Unidos, no Brasil, o cenário é diferente. Com a inflação de volta ao menor patamar em dois anos e expectativas cada vez maiores de corte de juros, o Ibovespa embalou ontem sua terceira alta consecutiva. Na semana, o principal índice da B3 já acumula mais de 6% de alta.