Bovespa: às 10h23, o Ibovespa tinha leve alta de 0,02%, aos 62.205,70 pontos (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - Nem a China empolga a Bovespa nesta sexta-feira. Apesar de o gigante emergente ter registrado no último trimestre de 2012 a primeira aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) em dois anos, os mercados internacionais não mostram tração e voltam a oscilar entre margens estreitas.
Até mesmo as commodities não estão embaladas pelos números chineses. Mesmo assim, a tendência é de um ligeiro viés positivo para os negócios locais, acumulando ganhos nesta semana, após a realização de lucros verificada no período anterior. Às 10h23, o Ibovespa tinha leve alta de 0,02%, aos 62.205,70 pontos.
Para o gerente de renda variável do Modal Asset, Eduardo Roche, os dados econômicos chineses não animam os negócios com risco simplesmente porque confirmam a expectativa já existente entre os investidores de que o país asiático não se deslocava para um pouso forçado, e sim para uma estabilidade da atividade, pavimentando o caminho para uma recuperação em 2013.
E foi o que, de fato, os indicadores conhecidos mostraram nesta sexta.
O PIB chinês cresceu 7,9% no quarto trimestre de 2012, na comparação com igual período de 2011, superando a previsão de alta de 7,8% para o período e acelerando-se da expansão de 7,4% verificada no trimestre anterior, na mesma base de comparação.
Foi a primeira vez desde o quarto trimestre de 2010 que a China mostrou expansão trimestral na comparação anual, após dois anos consecutivos de desaceleração.
No acumulado de todo o ano passado, o PIB chinês cresceu 7,8%, acima da previsão de analistas (+7,7%) e também da estimativa oficial do governo de Pequim, de +7,5%.
Os dados chineses de dezembro da produção industrial e das vendas do varejo também confirmam o ritmo mais acelerado da atividade econômica, apesar de o desempenho anual do PIB chinês no ano passado ter sido o mais fraco desde 1999.
Em reação a esses dados, a maioria dos mercados asiáticos fechou em alta. No Ocidente, porém, as principais bolsas europeias e os índices futuros das Bolsas de Nova York não mostram consistência e oscilam entre ligeiras altas e baixas.
Entre as matérias-primas, os metais básicos têm leves ganhos, enquanto o petróleo realiza lucros e cai. Esse comportamento deixa ainda mais incerto o rumo das blue chips, Petrobras e Vale, nesta última sessão antes do vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira.