Mercados

China e Rússia provocam queda de bolsas europeias

Índice FTSE caiu 1,21%, encerrando a sessão a 6.561,70 pontos e perdendo 2% na semana


	Bolsa de Frankfurt: índice DAX perdeu 1,47% e fechou a 9.315,29 pontos
 (AFP)

Bolsa de Frankfurt: índice DAX perdeu 1,47% e fechou a 9.315,29 pontos (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 13h58.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam em baixa nesta sexta-feira, 11, após uma onda de vendas de ações de tecnologia. O tom cauteloso foi reforçado pela inflação na China, que acentuou as preocupações com a desaceleração da segunda maior economia do mundo. A situação na Ucrânia também não ajudou após a Rússia ter subido o tom e ameaçado cortar o fornecimento de gás aos ucranianos. O índice Stoxx 600 recuou 1,39%, para 328,77 pontos. Na semana, o índice perdeu 3%.

"O sentimento dos investidores foi prejudicado e as ações de tecnologia estão sofrendo com isso, na medida em que os investidores continuam vendendo-as", disse Anita Paluch, analista do Varengold Bank.

A lista de preocupações foi reforçada com os novos números sobre a inflação na China. Em março, o índice de preços ao consumidor caiu 0,5% na comparação com fevereiro. Ainda que o índice siga no campo positivo no acumulado em 12 meses, a queda mensal vista em março se soma à firme tendência deflacionária dos preços no atacado. O índice de preços ao produtor acumula retração de 2,3% nos 12 meses até março. A queda dos preços reforça a preocupação dos economistas de que a economia da China desacelera de maneira cada vez mais evidente.

Na Rússia, o presidente Vladimir Putin subiu o tom e ameaçou cortar o fornecimento de gás para a Ucrânia. Após o não-pagamento das importações por Kiev, o governo russo tem pressionado cada vez mais e Putin afirma que os contratos da estatal Gazprom têm cláusula que permite à companhia cortar o fornecimento de gás caso o governo da Ucrânia não pague antecipadamente.

Com tantas preocupações com o setor de tecnologia, China e Rússia, o mercado não encontra espaço para repercutir algumas notícias positivas. Nesta madrugada, a agência de classificação de risco Fitch Ratings anunciou a melhora da perspectiva da nota de Portugal, que passou de "negativa" para "positiva". O rating soberano português seguiu em BB+. "Portugal tem feito um bom progresso na redução do déficit orçamentário", disse a agência, ao destacar positivamente as contas públicas e a melhora da perspectiva de crescimento.

Nesse cenário, em Londres, o índice FTSE caiu 1,21%, encerrando a sessão a 6.561,70 pontos e perdendo 2% na semana. A desenvolvedora de chips britânica ARM perdeu 4,53% e a fabricante de softwares Sage Group recuou 2,11% no mercado inglês.

O índice DAX da Bolsa de Frankfurt perdeu 1,47% e fechou a 9.315,29 pontos. Na semana, a baixa foi de 3,92%. A Infineon liderou as perdas, com queda de 2,9%, e a Lufthansa recuou 2,5%.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 1,08% e fechou a 4.365,86 pontos, com desvalorização de 2,65%. A Publicis foi destaque negativo com queda de 3,4% e a Technip recuou 2,3%.

Em Madri, o índice IBEX-35 teve queda de 1,26% e fechou a 10.205,40 pontos, com perda de 4,42% na semana - a maior da região. O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, caiu 1,07%, fechando a 21.198,79 pontos. Na semana, a bolsa italiana caiu 4,27%. Já o índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, fechou com queda de 1,26%, a 7.334,05 pontos, perdendo 4,39% na semana.

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEMercado financeiro

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa fecha perto da estabilidade após corte de gastos e apagão global

Mais na Exame