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Carteira de ações da EXAME Research eleva fatia em Vale e adiciona Rumo

Vale passa a ocupar a maior participação individual no portfólio para novembro; posição em Petrobras é mantida

Carteira de ações da EXAME Research eleva fatia de Vale em novembro (Washington Alves/Reuters)

Carteira de ações da EXAME Research eleva fatia de Vale em novembro (Washington Alves/Reuters)

PB

Paula Barra

Publicado em 3 de novembro de 2020 às 15h33.

Última atualização em 3 de novembro de 2020 às 15h42.

Apesar de curto prazo desafiador para os mercados, com eleições americanas e os efeitos da pandemia de Covid-19 no mundo, a Exame Research vê um cenário positivo para commodities globais, citando uma expectativa pela aprovação do pacote fiscal americano (independente de quem vença as eleições nos Estados Unidos, o que deve beneficiar a economia dos EUA e mundial), potencial retorno de uma política de injeção de liquidez pelo Federal Reserve e continuidade de uma China “blindada” de nova onda de coronavírus. Nesse sentido, optou por aumentar participação nos papéis da Vale (VALE3) na carteira de ações para novembro, que passam a deter o maior peso no portfólio, e mantive a alocação em Petrobras (PETR4). 

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Outra novidade no portfólio foi a entrada dos papéis de Rumo (RAIL3), empresa exposta ao segmento de exportação de grãos, que também tende a se beneficiar de um cenário global mais benéfico, principalmente, com China, além de estar em um setor doméstico, de infraestrutura, que deve ser menos impactado pela discussão de atividade, ao passo em que é ainda um “gargalo estrutural” do Brasil. 

Em relação ao gigante asiático, o analista Bruno Lima, que assina o relatório, comenta que a China, atualmente o motor mundial, está praticando rígidos protocolos para controle da pandemia e se mantendo, pelo menos até o momento, blindada em relação à segunda onda de Covid-19, “o que é extremamente positivo para o crescimento global”, ressaltam. Segundo ele, os números recentes da pesquisa de sentimento dos índices dos gerentes de compra (PMIs, na sigla em inglês) da China "reflete uma economia operando de forma expansionista".

Por outro lado, na carteira, foram reduzidas fatias nos setores de varejo e construção civil, com a exclusão das ações de Pão de Açúcar (PCAR3) e reduções em Lojas Americanas (LAME4), Direcional (DIRR3) e Cyrela (CYRE3). Isso porque, para o analista, entre os três grandes temas (eleições americanas, segunda onda de Covid-19 e Brasil) que devem pautar os mercados este mês, o cenário doméstico é o que se mostra o mais complexo. 

“A recuperação econômica está ocorrendo (devido ao auxílio emergencial), mas a questão fiscal, a cada dia que passa, se torna um risco maior, que está bem expresso na curva de juros”, comenta. 

Ainda assim, acredita que, por mais que possa piorar, o mercado já antecipou, “colocou no preço”, bastante dessa deterioração macroeconômica. Por isso, ainda mantêm ativos expostos à economia doméstica, apesar dos ajustes marginais nas posições.  

A carteira de ações da EXAME Research apresentou queda de 5,2% em outubro, contra queda de 0,7% do Ibovespa no mesmo período. As principais contribuições negativas vieram dos papéis da Lojas Americanas e Direcional, que tiveram suas participações reduzidas para novembro. Desde sua criação em abril até o fechamento do mês passado, a carteira tem valorização de 36,3%, contra alta de 26,8% do Ibovespa. 

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