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CÂMBIO-Pressão externa mantém dólar em alta, a R$1,719

Mercado mostra cautela com Irlanda e G20 Volume é menor com feriado nos EUA BC faz apenas um leilão de compra Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 11 de novembro (Reuters) - O dólar manteve a tendência das últimas sessões e fechou em alta nesta quinta-feira, influenciado pelo exterior em um dia de menor volume por […]

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 15h52.

  • BC faz apenas um leilão de compra

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    Por Silvio Cascione

    SÃO PAULO, 11 de novembro (Reuters) - O dólar manteve a
    tendência das últimas sessões e fechou em alta nesta
    quinta-feira, influenciado pelo exterior em um dia de menor
    volume por causa de um feriado nos Estados Unidos.

    A moeda norte-americana subiu 0,47 por cento, para
    1,719 real. Enquanto o mercado local fechava, o dólar tinha
    alta de 0,8 por cento em relação a uma cesta com as principais
    moedas e o euro caía quase 1 por cento.

    Desde quinta-feira passada, o dólar subiu 2,4 por cento
    ante o real.

    "Está havendo um movimento consistente de alta. O mercado
    não está volátil", disse Luiz Antônio Abdo, gerente da mesa de
    câmbio da corretora Souza Barros. "Estão olhando para a reunião
    do G20, e está havendo uma alta do dólar em relação ao mundo
    todo. E hoje apareceu de novo o que já falavam há um ano, de
    (questões fiscais em) Irlanda e Portugal."

    A reunião do G20 --grupo com as principais economias do
    mundo-- acontece até esta sexta-feira na Coreia do Sul. As
    autoridades têm se dividido sobre a abordagem de questões como
    o câmbio flutuante e os desequilíbrios comerciais.

    Além disso, o mercado tem se visto novamente às voltas com
    dúvidas fiscais sobre alguns países europeus. Nesta
    quinta-feira, a diferença de rendimento entre os bônus de 10
    anos da Irlanda e o da Alemanha atingiu o maior nível já
    registrado, diante da desconfiança sobre a capacidade de que
    Dublin leve a cabo as drásticas medidas de austeridade fiscal.

    BC FAZ APENAS UM LEILÃO

    O feriado do Dia dos Veteranos nos Estados Unidos, porém,
    diminuiu a intensidade dos negócios no mercado global, mesmo
    com ao funcionamento das bolsas em Nova York.

    De acordo com dados da clearing (câmara de compensação) da
    BM&FBovespa, haviam sido registrados 1,8 bilhão de dólares em
    operações até poucos minutos antes do fechamento.

    Nesse cenário, o Banco Central realizou apenas um leilão de
    compra de dólares no mercado, no fim da tarde. A taxa de corte
    da operação foi de 1,7163 real.

    Dados divulgados pelo BC na quarta-feira já revelaram um
    cenário de menor entrada de recursos no país em novembro, mesmo
    após o Federal Reserve anunciar o bilionário pacote de ajuda à
    economia dos Estados Unidos. Na primeira semana do mês, houve
    fluxo negativo de 1,406 bilhão de dólares no país.

    Apesar da atuação mais branda do governo nesta sessão,
    investidores ainda aguardam possíveis medidas adicionais do
    governo após a reunião do G20 para evitar a alta do real.

    Em Seul, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou
    essa possibilidade. "Medidas foram tomadas e há resultados
    positivos. É claro que se continuar, se persistir nessa
    direção, nós tomaremos outras medidas. Nós não permitiremos que
    o real se valorize em relação ao dólar de modo a prejudicar as
    exportações brasileiras", disse o ministro a jornalistas.

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