Caixa capta R$1 bi em Letras Financeiras e planeja securitização
São Paulo - A Caixa Econômica Federal concluiu nos últimos dias uma captação de 1 bilhão de reais por meio uma colocação privada de letras financeiras, informou um executivo do banco estatal nesta terça-feira. "Esse foi um dos caminhos para manter o ritmo de crescimento do crédito", disse à Reuters o vice-presidente de Finanças da […]
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2010 às 20h07.
São Paulo - A Caixa Econômica Federal concluiu nos últimos dias uma captação de 1 bilhão de reais por meio uma colocação privada de letras financeiras, informou um executivo do banco estatal nesta terça-feira.
"Esse foi um dos caminhos para manter o ritmo de crescimento do crédito", disse à Reuters o vice-presidente de Finanças da Caixa, Marcio Percival.
As letras financeiras são um instrumento regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no começo deste ano para que bancos possam captar recursos para empréstimos de longo prazo.
Segundo Percival, a Caixa também planeja levantar outros 500 milhões de reais nos próximos 90 dias, via securitização de recebíveis. Noutra frente, o banco pretende fazer sua primeira captação internacional até o final de 2010.
Nos últimos meses, a Caixa vem considerando diferentes fontes para aumentar seus recursos de financiamentos, especialmente para a compra de imóveis, segmento que responde por mais da metade de sua carteira de crédito e que vem batendo seguidos recordes.
Na segunda-feira, a Caixa anunciou ter fechado o primeiro semestre com 34,1 bilhões de reais em financiamento imobiliário, um crescimento de 95,1 por cento em relação ao mesmo período de 2009.
"Vamos fazer tudo o que for possível para atingir nossa meta de crescer a carteira de crédito (total) em 40 por cento este ano", disse Percival.
Varejo
De acordo com o executivo, com a aprovação do Banco Central à compra de 49 por cento do capital do Banco PanAmericano, anunciada em novembro do ano passado, a Caixa agora vai ampliar sua distribuição de produtos financeiros, como leasing e financiamento para compra de automóveis.
Obtido o aval para a aquisição, o foco do banco estatal agora é a área de cartões. E, segundo Percival, a tendência é de que a Caixa lance um bandeira própria, em vez de partir para compras.
"Estamos pensando num produto que permita inclusão social para a baixa renda, que inclua cartão de débito e de crédito."