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Brasil e China anunciam swap recíproco em moedas locais

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, esse valor poderá ser sacado pelos dois países de seus respectivos bancos centrais.

Relatório da inteligência dos EUA alegou que a China e a Rússia estão utilizando a espionagem cibernética para impulsionar o desenvolvimento de suas economias (Feng Li/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2012 às 23h23.

Rio de Janeiro - Brasil e China terão um swap creditício recíproco em moedas locais, equivalente a US$ 30 bilhões, para ser usado em momentos de crise, anunciou nesta quinta-feira no Rio de Janeiro o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Os dois países assinaram, além disso, um acordo com o qual elevaram o nível das relações ao status de Aliança Estratégica Global, segundo informou depois de uma reunião da presidente Dilma Rousseff com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, paralela à Rio+20.

Sobre o swap (permuta em português), Mantega afirmou que 'é uma reserva adicional de recursos em momentos em que a economia mundial está em crise'. Como explicou em entrevista coletiva, 'a China poderá dispor em reais e Brasil de seu equivalente em iuanes'.

'Buscamos a diversificação da pauta comercial, pois a China é nosso principal parceiro, com mais de 17% do comércio e uma corrente de US$ 77 bilhões, que se consolida cada vez mais como um dos grandes mercados mundiais e por isso as possibilidades são infinitas e é possível crescer muito', disse Mantega.

O estabelecimento de um Plano Decenal de Cooperação (2012-2021) também foi assinado entre os dois governantes para fortalecer as áreas de ciência e tecnologia, inovação e cooperação espacial, energia, mineração, infraestrutura e transportes, investimentos, indústria, cultura, educação, assistência social e finanças.

Nesse contexto, será fundado o Centro Conjunto Brasil-China de Satélites Meteorológicos para a prevenção de desastres naturais, e o Centro Brasil-China de Biotecnologia.


Dilma e Wen Jiabao, segundo um comunicado conjunto, anunciaram a criação da joint venture Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI), entre a Embraer e a estatal Aviation Industry Corporation of China (AVIC).

Entre os assuntos da agenda mundial, os dois líderes reiteraram o respeito ao Tratado de Não Proliferação Nuclear e o fortalecimento do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com a criação de um fundo comum anunciado em Los Cabos (México) durante a última Cúpula do G20.

Mantega afirmou que ambos os países implementarão uma troca de 'informação confidencial' entre as alfândegas para reduzir o trânsito ilegal de mercadorias.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, indicou por sua parte que através da rede de institutos Confúcio, a China inaugurará um centro cultural no país, que, por sua vez, instalará um Instituto Brasileiro de Cultura na nação asiática.

Além das questões econômicas, o intercâmbio de estudantes foi tema de outro acordo estabelecido entre as autoridades educativas de ambos os países.

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Rio de Janeiro - Brasil e China terão um swap creditício recíproco em moedas locais, equivalente a US$ 30 bilhões, para ser usado em momentos de crise, anunciou nesta quinta-feira no Rio de Janeiro o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Os dois países assinaram, além disso, um acordo com o qual elevaram o nível das relações ao status de Aliança Estratégica Global, segundo informou depois de uma reunião da presidente Dilma Rousseff com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, paralela à Rio+20.

Sobre o swap (permuta em português), Mantega afirmou que 'é uma reserva adicional de recursos em momentos em que a economia mundial está em crise'. Como explicou em entrevista coletiva, 'a China poderá dispor em reais e Brasil de seu equivalente em iuanes'.

'Buscamos a diversificação da pauta comercial, pois a China é nosso principal parceiro, com mais de 17% do comércio e uma corrente de US$ 77 bilhões, que se consolida cada vez mais como um dos grandes mercados mundiais e por isso as possibilidades são infinitas e é possível crescer muito', disse Mantega.

O estabelecimento de um Plano Decenal de Cooperação (2012-2021) também foi assinado entre os dois governantes para fortalecer as áreas de ciência e tecnologia, inovação e cooperação espacial, energia, mineração, infraestrutura e transportes, investimentos, indústria, cultura, educação, assistência social e finanças.

Nesse contexto, será fundado o Centro Conjunto Brasil-China de Satélites Meteorológicos para a prevenção de desastres naturais, e o Centro Brasil-China de Biotecnologia.


Dilma e Wen Jiabao, segundo um comunicado conjunto, anunciaram a criação da joint venture Harbin Embraer Aircraft Industry (HEAI), entre a Embraer e a estatal Aviation Industry Corporation of China (AVIC).

Entre os assuntos da agenda mundial, os dois líderes reiteraram o respeito ao Tratado de Não Proliferação Nuclear e o fortalecimento do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com a criação de um fundo comum anunciado em Los Cabos (México) durante a última Cúpula do G20.

Mantega afirmou que ambos os países implementarão uma troca de 'informação confidencial' entre as alfândegas para reduzir o trânsito ilegal de mercadorias.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, indicou por sua parte que através da rede de institutos Confúcio, a China inaugurará um centro cultural no país, que, por sua vez, instalará um Instituto Brasileiro de Cultura na nação asiática.

Além das questões econômicas, o intercâmbio de estudantes foi tema de outro acordo estabelecido entre as autoridades educativas de ambos os países.

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