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Bovespa sobe 2,47% após pesquisa mostrar 2º turno acirrado

Investidores reagiram positivamente após Datafolha mostrar competição mais acirrada para um eventual segundo turno nas eleições de outubro

Operadores na Bovespa: giro financeiro do pregão foi forte, de R$ 10,14 bilhões (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 18h20.

São Paulo - A bolsa brasileira fechou em seu maior patamar em um ano e quatro meses nesta sexta-feira, após pesquisa eleitoral Datafolha mostrar competição mais acirrada em um eventual segundo turno nas eleições de outubro.

O Ibovespa subiu 2,47 por cento, a 57.012 pontos, maior patamar de fechamento desde 14 de março de 2013. O giro financeiro do pregão foi forte, de 10,14 bilhões de reais, ante média no ano de 6,5 bilhões de reais.

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Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 4,07 por cento, no melhor desempenho semanal desde o fim de março.

A pesquisa Datafolha, que o mercado vinha tentando antecipar nos últimos dias, mostrou que a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) estão tecnicamente empatados em um eventual segundo turno nas eleições presidenciais de outubro.

Dilma aparece com 44 por cento das intenções de voto contra 40 por cento de Aécio no segundo turno. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, os dois candidatos estão tecnicamente empatados.

"O que mais surpreendeu foi o índice de rejeição a Dilma atingindo 35 por cento e, no cenário de segundo turno, Dilma empatada tecnicamente com o Aécio", disse a XP Investimentos em relatório.

Dilma ainda lidera nas intenções de voto em primeiro turno, com 36 por cento, ante 20 por cento de Aécio.

A especulação sobre pesquisas eleitorais tem sido o principal catalisador da alta da bolsa brasileira nos últimos meses, em um momento de descrença do mercado na administração da presidente Dilma e críticas em relação ao que investidores consideram intervenção excessiva nas empresas estatais.

Ações de estatais reagiam positivamente ao Datafolha, com a preferencial da Petrobras em alta de 4,9 por cento. Mas outros papéis também deram tração ao Ibovespa, como Bradesco e Itaú Unibanco, que avançaram quase 5 por cento.

Os papéis desses bancos caíram mais cedo nesta semana após relatório do Morgan Stanley afirmar que é hora de vender as ações das instituições.

Do setor de construção, MRV Engenharia registrou a maior valorização do dia, de 8,53 por cento, depois de divulgar crescimento de vendas e lançamentos no segundo trimestre.

A siderúrgica e mineradora CSN subiu 8,24 por cento, em reação ao anúncio de que seu Conselho de Administração aprovou novo programa de recompra de ações.

Ainda entre os destaques de alta, a operadora da bolsa BM&FBovespa ganhou 5,81 por cento.

Para o operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM, a alta da ação refletiu a perspectiva de aumento no volume de negócios na Bovespa com a divulgação de pesquisas eleitorais, como ocorreu nesta sexta-feira, beneficiando os resultados da companhia.

Companhias exportadoras como Fibria e Suzano apareciam entre as maiores baixas, em dia de queda de mais de 1 por cento do dólar.

No exterior, continuaram as preocupações com a tensão no leste europeu após a derrubada de um avião de passageiros da Malásia no espaço aéreo ucraniano, perto da fronteira com a Rússia.

Mas as bolsas norte-americanas se recuperaram de perda acentuada da véspera, o que contribuiu para a alta do Ibovespa.

"Podemos ver o fluxo de ingressos de recursos de estrangeiros para a Bovespa continuar com investidores à procura de rendimentos mais interessantes... e preferindo outros emergentes em relação à Rússia", disse analista Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.

Texto atualizado às 18h18min do mesmo dia com mais informações do fechamento do mercado.

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