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Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2010 às 07h20.
Por Olívia Bulla
São Paulo - O corte de vagas de emprego nos Estados Unidos bem abaixo do esperado em agosto reativou o apetite dos investidores por ativos mais arriscados, impulsionando os negócios ao redor do mundo, incluindo a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O movimento pode ser favorável à Petrobras, após a divulgação do prospecto da oferta de ações da companhia, no processo de capitalização. Às 10h17 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,94%, aos 67.435 pontos.
A manhã de hoje foi marcada por uma série de informações relevantes, mas o destaque ficou por conta da redução de 54 mil postos de trabalho nos EUA no mês passado, ante a previsão de corte de 110 mil. Só o setor privado norte-americano criou 67 mil empregos em agosto, ante criação de 107 mil em julho. A taxa de desemprego no país subiu de 9,5% para 9,6%, em linha com o previsto. Imediatamente após a divulgação dos números, os índices futuros de ações em Nova York e as principais bolsas europeias elevaram os ganhos que, até então, eram reduzidos.
No Brasil, a Petrobras divulgou detalhes sobre a oferta de ações. No total, serão ofertadas 2,174 bilhões de ações ON e 1,585 bilhão de papéis PN - incluindo as ações sob forma de ADS - totalizando R$ 111,7 bilhões às cotações de ontem. Ainda poderão ser exercidos lotes suplementar e adicional, o que elevaria a oferta ao valor máximo de R$ 126,7 bilhões.
Segundo a estatal, o preço máximo da oferta consta do prospecto, com cotação de 1º de setembro, quando as PN fecharam a R$ 27,03 e as ON, a R$ 31,25. A distribuição ocorrerá em três ofertas: prioritária, destinada aos acionistas; de varejo, na qual empregados da companhia terão prioridade; e institucional. O registro no livro de ofertas vai até 23 de setembro.
Também pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) surpreendeu ao divulgar números do Produto Interno Bruto (PIB) mais fortes que o esperado. A economia brasileira cresceu 1,2% no segundo trimestre deste ano ante o trimestre imediatamente anterior, superando o teto do intervalo previsto por analistas, que estimavam altas entre 0,3% e 1,12%.
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB apresentou alta de 8,8% entre abril e junho deste ano, resultado que também superou o teto das estimativas, que variavam de 7,00% a 8,70%. No acumulado do primeiro semestre de 2010, o PIB subiu 8,9% na comparação com os seis primeiros meses de 2009 e, nos 12 meses encerrados em junho, o PIB acumula alta de 5,1%.