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Bovespa segue cautela externa e abre sem direção clara

O alerta feito na quarta-feira pelo Tesouro dos Estados Unidos eleva a tensão nos mercados financeiros, assim como os dados econômicos previstos para o dia


	Bovespa: por volta das 10 horas, o Ibovespa tinha alta de 0,16%, aos 61.059,44 pontos, na pontuação máxima
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Bovespa: por volta das 10 horas, o Ibovespa tinha alta de 0,16%, aos 61.059,44 pontos, na pontuação máxima (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 09h40.

São Paulo - O penúltimo pregão de 2012 da Bovespa nesta quinta-feira deve ser novamente de lateralidade, com os negócios locais não tendo mais força para avançar além do patamar dos 60 mil pontos, ou mesmo afastar-se muito dessa marca.

Os investidores mantêm a cautela nesta reta final, que culmina com o fim do prazo entre o Congresso e a Casa Branca para evitar que a economia norte-americana caía em um abismo fiscal.

O alerta feito na quarta-feira pelo Tesouro dos Estados Unidos eleva a tensão nos mercados financeiros, assim como os dados econômicos previstos para o dia. Por volta das 10 horas, o Ibovespa tinha alta de 0,16%, aos 61.059,44 pontos, na pontuação máxima.

O chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista não vê motivos para a Bolsa passar por algum ajuste mais acentuado nessas últimas sessões do ano, seja para cima ou para baixo. "O Ibovespa deve ter um desvio-padrão, entre os 59 mil e os 61 mil pontos", avalia, acrescentando que esse comportamento apático deve-se, também, à liquidez mais enxuta, típica desse período de festas de fim de ano.

Tanto que o profissional acredita que os mercados financeiros não devem se abalar com o alerta feito pelo Tesouro dos EUA, de que o país alcançará o limite legal de endividamento, de US$ 16,394 trilhões, na próxima segunda-feira (dia 31). "A notícia acende o sinal de alerta, mas é algo que fica para depois", comenta.

O especialista, que falou sob a condição de não ser identificado, recorda que foi assim até mesmo com a questão do abismo fiscal nos EUA, que tem retraído os negócios globais recentemente. "Primeiro, o foco estava na Europa, depois passou para as eleições presidenciais norte-americanas e, só então, começou a se falar do abismo", lembra. "Mas era algo já sabido lá atrás", completa.


Em carta enviada ao Congresso ontem, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse que poderá lançar mão de "medidas extraordinárias" que dão ao governo condições de funcionar até fevereiro ou março de 2013, antes de enfrentar uma crise da dívida. Seja como for, a notícia deve acalorar as negociações entre republicanos e democratas, que serão retomadas hoje, para evitar que uma série de corte de gastos e aumento de impostos entre em vigor automaticamente no início do ano que vem.

No horário acima, em Wall Street, o índice futuro do S&P 500 subia 0,23%. As Bolsas de Nova York aguardam uma série de indicadores sobre a economia dos EUA, que serão conhecidos ao longo do dia. Às 11h30, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego e o índice regional de atividade no meio-oeste em novembro. Às 13 horas, é a vez das vendas de moradias novas no mês passado e do índice de confiança do consumidor neste mês. Por fim, às 19h30, saem os estoques semanais de petróleo bruto e derivados.

Já na Europa, as principais bolsas ensaiam ganhos na volta aos negócios, após os feriados de Natal e Boxing Day, embaladas por dados sobre a confiança do consumidor francês e das empresas italianas. Além disso, a esperança por estímulos econômicos no Japão é contrabalançada pelas preocupações com os EUA. Ainda no mesmo horário, a Bolsa de Frankfurt avançava 0,32%.

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