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Bovespa recua com dados fiscais e tem semana no vermelho

Índice acumulou desvalorização de 2,71%, segunda baixa semanal consecutiva.

Telão da Bovespa: índice caiu 0,65%, a 53.157 pontos, no pregão desta sexta (Alexandre Battibugli/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 18h31.

São Paulo - A Bovespa encerrou em baixa esta sexta-feira, pressionada por ações de grande peso em seu principal índice, após dados fiscais corroborarem a percepção de atividade econômica fraca no Brasil.

O Ibovespa caiu 0,65 por cento, a 53.157 pontos. Na semana, o índice acumulou desvalorização de 2,71 por cento, segunda baixa semanal consecutiva.

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O giro financeiro do pregão somou 4,94 bilhões de reais, abaixo da média diária de 6,6 bilhões de reais em 2014, apesar de inflado por leilão de units da SulAmérica, que movimentou 526 milhões de reais.

A bolsa operou sem rumo no começo do pregão, até temores sobre o ritmo lento da economia doméstica se agravarem com a divulgação de dados fiscais.

Os números levaram o índice a cair 1 por cento na mínima do dia, abaixo dos 53 mil pontos. A arrecadação federal do país recuou quase 6 por cento em maio, ante mesmo mês de 2013, para 88 bilhões de reais, menor patamar para meses de maio em três anos.

A baixa arrecadação contribuiu para que o governo central registrasse déficit primário de 10,502 bilhões de reais em maio, pior resultado para o mês.

"O mais relevante foi o resultado muito fraco da arrecadação, mais um indicador que reflete menor atividade econômica no Brasil", disse o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital.

Ao contrário de semanas anteriores, notícias que pudessem dar algum alento aos compradores não vieram. "O mercado está bem fraco sem a divulgação de pesquisas eleitorais nesta semana", disse o gerente de renda variável da H. Commcor, Ariovaldo Santos.

Bradesco e outros pesos-pesados, como Petrobras e Ambev exerceram as maiores pressões de baixa no Ibovespa.

Já o setor de siderurgia ficou entre as maiores quedas percentuais do índice, após o Bank of America Merrill Lynch rebaixar a recomendação de Usiminas, Gerdau e CSN.

No sentido oposto, Marfrig teve a maior alta, de 5,18 por cento, após ter a recomendação elevada para "compra" pelo BTG Pactual. O banco também elevou o preço-alvo da ação da segunda maior processadora de carne bovina do país para 7 reais, ante 5 reais.

O BTG afirmou que iniciativas da administração e potenciais ofertas públicas iniciais de ações de subsidiárias no exterior podem iniciar a necessária desalavancagem no balanço da empresa e uma reavaliação potencialmente expressiva do valor das ações.

Também do setor de alimentos, BRF teve a terceira maior alta do índice, após ter recomendação reiterada como "top pick" e o preço-alvo elevado de 57 para 61 reais pelo BTG.

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