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Bovespa recua pressionada por Petrobras

A etapa matinal do pregão brasileiro também é marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações


	Ações: a etapa matinal do pregão brasileiro também é marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações
 (Thinkstock)

Ações: a etapa matinal do pregão brasileiro também é marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 10h24.

São Paulo - A Bovespa mostrava fraqueza na manhã desta segunda-feira, após nova semana de perdas, tendo como pano de fundo um quadro externo sem tendência clara e a ausência da referência de Wall Street por feriado nos Estado Unidos.

A etapa matinal do pregão brasileiro também é marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações.

Às 10:57, o Ibovespa caía 0,49 por cento, a 38.380 pontos.

O volume financeiro era de 930 milhões de reais.

Na última sexta-feira, o Ibovespa caiu 2,36 por cento, a 38.569 pontos, menor patamar desde 9 de março de 2009. Na semana passada, a queda foi de 5 por cento.

"Diante da fraca agenda externa e do feriado de Martin Luther King nos EUA, que deixa as bolsas fechadas, o mercado nacional deverá trabalhar com liquidez reduzida neste início de semana", observou a equipe da corretora Rico.

Os analistas da corretora destacaram ainda que o mercado doméstico segue sob efeito de preocupações quanto à desaceleração da economia da China e a derrocada dos preços do petróleo.

Nesta segunda-feira, os preços da commodity mostravam volatilidade, com barril de Brent tendo renovado mínima desde 2003, abaixo de 28 dólares mais cedo, com o fim de sanções ao Irã no fim de semana.

Do front doméstico, a semana começa com agentes financeiros na expectativa de decisão de juros do Banco Central, com pesquisa Focus mostrando que segue expectativa de alta da Selic de 14,25 para 14,75 por cento ao ano.

Destaques

- PETROBRAS tinha as ações ordinárias em queda de 2,68 por cento e as preferenciais em baixa de 2,71 por cento, em meio à volatilidade do preços do petróleo, conforme agentes seguem atentos aos riscos do endividamento e ao plano de desinvestimentos da petroleira.

- VALE mostrava os papéis ON com ganho de 1 por cento e as preferenciais subindo 0,55 por cento, na esteira da alta dos preços do minério de ferro na China, que se aproximaram de 42 dólares a tonelada.

- RUMO tinha ganho de 6 por cento, recuperando-se de perda de quase 60 por cento neste ano até quinta-feira em meio a incertezas sobre o aumento de capital. Na última sexta-feira, o Conselho de Administração recomendou cancelar a operação de capitalização atualmente em curso.

- CYRELA BRAZIL REALTY cedia 1,1 por cento, após reportar vendas de imóveis no quarto trimestre, consideradas fracas por analistas. Nos últimos três meses do ano, as vendas caíram 55,3 por cento, para 844 milhões de reais.

-SABESP subia 5,54 por cento, ainda sob efeito da melhora no cenário de oferta hídrica.

Também no radar estava a chance aumento da tarifa da indústria e dos mais ricos, conforme reportagem do jornal Valor Econômico. Ainda, o Credit Suisse elevou o papel para "outperform" e o preço-alvo para 24 reais.

- AMBEV caía 0,90 por cento, também pressionado o Ibovespa em razão da elevada fatia que detêm na composição do índice.

- TIM PARTICIPAÇÕES era outro peso negativo, com recuo de 2 por cento, enquanto o mercado segue especulando sobre potencial atividade de fusão e/ou aquisição no setor.

- CCR subia 1,33 por cento, tendo como pano de fundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo de que a STP, dona da empresa de pagamento eletrônico de pedágios e estacionamentos Sem Parar, negocia vender o controle da companhia para a norte-americana FleetCor.

A CCR é uma das acionistas da STP, e, conforme notaram os analistas da corretora Rico, se confirmada, a operação poderia reduzir a alavancagem da concessionária.

Texto atualizado às 11h20.

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