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Bovespa inicia agosto em alta, de olho em ação dos BCs

Mais vagas de emprego do que o esperado no setor privado norte-americano garantem a abertura em alta

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2012 às 10h38.

São Paulo - A criação de mais vagas de emprego do que o esperado no setor privado norte-americano em julho garante uma abertura em alta da Bovespa neste primeiro pregão de agosto, apesar de esfriar as apostas de uma ação iminente por parte do Federal Reserve (Fed, o Banco central dos EUA), ao final da reunião de política monetária na tarde desta quarta-feira. Ainda assim, os mercados financeiros globais não descartam as chances de o Banco Central Europeu (BCE) adotar alguma medida, na quinta-feira, em meio a novos dados econômicos fracos sobre a zona do euro. Há ainda a possibilidade de uma ação coordenada por parte dos principais BCs do mundo - incluindo a China, que nesta quarta-feira deu mais sinais de perda de tração da atividade. Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,37%, aos 56.304 pontos.

"Tem de ser um movimento coordenado, com todos (os bancos centrais) juntos", disse o economista da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira. Ele avalia que o Fed não deve agir sozinho neta quarta-feira e adotar, por exemplo, uma nova rodada de afrouxamento quantitativo (QE3), já que a autoridade monetária norte-americana não tem mais muito o que fazer. "A alçada do Fed está diminuindo", diz, ventilando a responsabilidade do Congresso às vésperas da eleição presidencial, em novembro.

Por sua vez, o BCE "precisa agir", conclui Vieira, que diz que ao menos a taxa básica de juros da região da moeda única será cortada, na quinta-feira. "Injeção de liquidez ainda não", pondera. Ele avalia que a oposição da Alemanha a novas medidas de estímulo não deve ser uma grande barreira, já que está claro que não se pode resolver a crise das dívidas europeias individualmente. "A Alemanha quer o bônus, sem o ônus", afirmou.

Veira chama atenção para os dados econômicos das principais economias do mundo, que devem sinalizar quanto a novas ações por parte dos BCs. Nesse sentido, os mercados devem viver dias de extremos, entre esta quarta-feira e a quinta-feira. "Os negócios com risco devem ir da euforia à frustração em questão de segundos", comentou.

Nos Estados Unidos, foram criadas 163 mil vagas de emprego em julho, acima da previsão de 108 mil novas contratações. Na sequência, saem índices de atividade industrial nos EUA, calculado pelo Markit, e pelo ISM. No mesmo horário, é a vez dos investimentos em construção. Também está prevista para esta quarta-feira a divulgação dos estoques semanais de petróleo bruto e derivados no país.

Já na zona do euro, a atividade industrial segue reprimida e caiu à mínima em mais de três anos em julho, renovando as esperanças de que as palavras do presidente do BCE, Mario Draghi, não sejam mesmo vazias. Além disso, o economista da Cruzeiro do Sul não descarta uma flexibilização monetária adicional na China, após os dados pouco inspiradores sobre a atividade na segunda maior economia do mundo.

Internamente, a BM&F Bovespa divulgou a primeira prévia da carteira do Ibovespa que vai vigorar de setembro a dezembro. A novidade ficou com a retira do certificado de depósito de ação da Latam (LATM11), companhia aérea resultante da fusão de TAM e LAN. Dessa forma, a quantidade de ações passaria a ser de 67 papéis, um a menos do que a lista que vigora atualmente.

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"Tem de ser um movimento coordenado, com todos (os bancos centrais) juntos", disse o economista da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira. Ele avalia que o Fed não deve agir sozinho neta quarta-feira e adotar, por exemplo, uma nova rodada de afrouxamento quantitativo (QE3), já que a autoridade monetária norte-americana não tem mais muito o que fazer. "A alçada do Fed está diminuindo", diz, ventilando a responsabilidade do Congresso às vésperas da eleição presidencial, em novembro.

Por sua vez, o BCE "precisa agir", conclui Vieira, que diz que ao menos a taxa básica de juros da região da moeda única será cortada, na quinta-feira. "Injeção de liquidez ainda não", pondera. Ele avalia que a oposição da Alemanha a novas medidas de estímulo não deve ser uma grande barreira, já que está claro que não se pode resolver a crise das dívidas europeias individualmente. "A Alemanha quer o bônus, sem o ônus", afirmou.

Veira chama atenção para os dados econômicos das principais economias do mundo, que devem sinalizar quanto a novas ações por parte dos BCs. Nesse sentido, os mercados devem viver dias de extremos, entre esta quarta-feira e a quinta-feira. "Os negócios com risco devem ir da euforia à frustração em questão de segundos", comentou.

Nos Estados Unidos, foram criadas 163 mil vagas de emprego em julho, acima da previsão de 108 mil novas contratações. Na sequência, saem índices de atividade industrial nos EUA, calculado pelo Markit, e pelo ISM. No mesmo horário, é a vez dos investimentos em construção. Também está prevista para esta quarta-feira a divulgação dos estoques semanais de petróleo bruto e derivados no país.

Já na zona do euro, a atividade industrial segue reprimida e caiu à mínima em mais de três anos em julho, renovando as esperanças de que as palavras do presidente do BCE, Mario Draghi, não sejam mesmo vazias. Além disso, o economista da Cruzeiro do Sul não descarta uma flexibilização monetária adicional na China, após os dados pouco inspiradores sobre a atividade na segunda maior economia do mundo.

Internamente, a BM&F Bovespa divulgou a primeira prévia da carteira do Ibovespa que vai vigorar de setembro a dezembro. A novidade ficou com a retira do certificado de depósito de ação da Latam (LATM11), companhia aérea resultante da fusão de TAM e LAN. Dessa forma, a quantidade de ações passaria a ser de 67 papéis, um a menos do que a lista que vigora atualmente.

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