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Bovespa ganha força e volume com reabertura de NY

Fôlego não é suficiente para que a Bolsa brasileira recupere as perdas acumuladas ao longo do mês


	Interior do prédio da Bovespa: bolsa deve encerrar em outubro uma sequência de três altas mensais consecutivas
 (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

Interior do prédio da Bovespa: bolsa deve encerrar em outubro uma sequência de três altas mensais consecutivas (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 09h39.

São Paulo - A retomada dos negócios nas Bolsas de Nova York, após a passagem do furacão Sandy pela cidade, anima os investidores e deve garantir à Bovespa uma abertura em alta e maior volume financeiro nesta quarta-feira. Porém, o fôlego não é suficiente para que a Bolsa brasileira recupere as perdas acumuladas ao longo do mês, devendo encerrar, assim, uma sequência de três altas mensais consecutivas.

Por volta das 10h10, o Ibovespa subia 0,36%, aos 57.889,26 pontos. O índice acompanha os futuros de Nova York e as bolsas europeias. No mesmo horário, o futuro do S&P 500 avançava 0,50%. A Bolsa de Paris, por sua vez, subia 0,15% e a Bolsa de Frankfurt, +0,55%, enquanto a Bolsa de Londres caía 0,21%.

O economista Álvaro Bandeira, da Órama Investimentos, avalia que "o dia é de ajuste no mercado americano, após dois dias parados, mas é de se esperar sinal positivo". Setorialmente, diz ele, há empresas que ganham com o furacão, como as ligadas à reconstrução, nos segmentos de siderurgia e varejo imobiliário.

Ainda segundo Bandeira, as Bolsas de Nova York devem repercutir também indicadores conjunturais positivos divulgados ao longo da semana passada e nos últimos dois dias, como o dado de imóvel anunciado nesta terça-feira (30). Outro profissional, que falou sob a condição de não ser identificado, brinca: "Sandy passou e depois da tempestade vem a bonança."

Internamente, a Bovespa deve sentir os efeitos da volta dos estrangeiros aos negócios. Vale lembrar que ontem a Bolsa brasileira registrou o segundo menor giro financeiro do ano, de R$ 3,170 bilhões, atrás do visto no dia 28 de maio (R$ 3,145 bilhões). "Vamos ver qual a análise que o 'gringo' fez de Petrobras hoje", diz o operador citado mais acima, sob a condição de anonimato, referindo-se aos resultados da companhia, divulgados na semana passada, após o fechamento do pregão, e que só foram repercutidos na segunda-feira.

Na agenda de indicadores do dia, o destaque é a divulgação do índice de atividade industrial regional de Chicago, medido pelo ISM, referente ao mês de outubro, às 11h45. Os investidores também devem repercutir resultados trimestrais da General Motors, MasterCard e Visa.

No Brasil, os investidores terão oito balanços em mãos, incluindo o da Ambev (Companhia de Bebidas das Américas), divulgado nesta manhã. A AmBev registrou lucro líquido de R$ 2,508 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o que representa uma alta de 48,7% na comparação com o resultado de igual período do ano passado. Esse resultado, atribuído à controladora, excluindo a participação dos acionistas minoritários, ficou 9,4% acima da média das estimativas de analistas consultados pela Agência Estado, de R$ 2,293 bilhões.

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