Bovespa cai mais de 1% com ruídos políticos sobre Lula
Rumores de que o ex-presidente possa aceitar um cargo em ministério no governo atual derrubaram a Bolsa paulista
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2016 às 18h13.
São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda nesta segunda-feira, mostrando piora no final do pregão após novos ruídos envolvendo a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff .
O Ibovespa caiu 1,55 por cento, a 48.867 pontos. No início da sessão, o índice de referência chegou a subir 1 por cento, a 50.165 pontos.
O volume financeiro da sessão somou 7,798 bilhões de reais.
O jornal Folha de S.Paulo publicou em seu site nesta tarde que a presidente Dilma aguarda um telefonema de Lula aceitando ser ministro.
Profissionais do mercado de renda variável disseram que tal movimento iria sugerir admissão de culpa do ex-presidente quanto às investigações da operação Lava Jato, enquanto dificultaria uma eventual prisão de Lula, considerada como relevante para acelerar o processo de impeachment de Dilma.
Mais cedo, em relatório distribuído a clientes, o BTG Pactual afirmou que perspectivas de avanço do processo de impeachment, principalmente após os eventos do fim de semana, poderiam atrair fluxo de capital externo para a bolsa paulista, sustentando novas altas do Ibovespa.
Os eventos a que o BTG se refere foram as manifestações em todo o país contra o governo federal no domingo, que reuniram milhões de pessoas, e a indicação de maior distanciamento do PMDB da administração de Dilma Rousseff após convenção nacional do partido no sábado.
Também trouxe desconforto no mercado reportagem da Agência Estados, citando fontes, segundo a qual o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o aval de Dilma, decidiu articular a votação de uma proposta que reduziria os poderes de ela governar.
Os profissionais do mercado ouvidos pela Reuters ainda destacaram que, embora a perspectiva de mudança na cena política sustente expectativas favoráveis para a economia, o cenário de ruptura política traz volatilidade. E, nesta sessão, o recuo dos preços de commodities também favoreceu realização de lucros.
DESTAQUES
- PETROBRAS fechou com as ações preferenciais em queda de 8,53 por cento, com os ruídos relacionados a Lula e o declínio dos preços do petróleo amparando uma realização de lucros após os papéis avançarem por 10 pregões consecutivos, acumulando no período um ganho de 66 por cento.
- VALE encerrou com as ações preferenciais de classe A com recuo de 4,43 por cento, afetadas pela nova queda dos preços do minério de ferro na China.
- BANCO DO BRASIL e BRADESCO fecharam com queda 2,46 e 0,64 por cento, respectivamente, após subirem na maior parte da sessão ajudados por melhora na recomendação pelo Bank of America Merrill Lynch. ITAÚ UNIBANCO também reverteu os ganhos e caiu 0,46 por cento. Todos o papéis tiveram o preço-alvo elevado pelo BofA ML.
- USIMINAS PNA cedeu 8,42 por cento, após subir quase 10 por cento na máxima no início do dia, após o Conselho de Administração aprovar proposta de aumento de capital. Foi a segunda queda seguida após a ação valorizar-se 137 por cento em uma série de nove altas.
- CEMIG caiu 5,19 por cento, entre as maiores baixas do Ibovespa. O UBS cortou a recomendação para o papel para "venda", enquanto reduziu o preço-alvo de 8 para 6,50 reais.
- BRASKEM avançou 6,23 por cento, em meio a expectativas sobre a troca do controle da empresa, com reportagem do Valor Econômico afirmando que aumentou a lista de interessados na compra da fatia da Petrobras na petroquímica. A alta do dólar ante o real ajudou.
- FIBRIA e SUZANO PAPEL E CELULOSE subiram 6,19 e 5,02 por cento, respectivamente, com a valorização do dólar dando suporte para a recuperação dos papéis, que figuraram na ponta positiva do Ibovespa.
- ECORODOVIAS subiu 1,84 por cento, após a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizar captação de empréstimo junto ao BNDES de 882 milhões de reais pela Eco101, concessionária do grupo. O BofA ML também elevou a recomendação da ação para "compra".
São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda nesta segunda-feira, mostrando piora no final do pregão após novos ruídos envolvendo a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff .
O Ibovespa caiu 1,55 por cento, a 48.867 pontos. No início da sessão, o índice de referência chegou a subir 1 por cento, a 50.165 pontos.
O volume financeiro da sessão somou 7,798 bilhões de reais.
O jornal Folha de S.Paulo publicou em seu site nesta tarde que a presidente Dilma aguarda um telefonema de Lula aceitando ser ministro.
Profissionais do mercado de renda variável disseram que tal movimento iria sugerir admissão de culpa do ex-presidente quanto às investigações da operação Lava Jato, enquanto dificultaria uma eventual prisão de Lula, considerada como relevante para acelerar o processo de impeachment de Dilma.
Mais cedo, em relatório distribuído a clientes, o BTG Pactual afirmou que perspectivas de avanço do processo de impeachment, principalmente após os eventos do fim de semana, poderiam atrair fluxo de capital externo para a bolsa paulista, sustentando novas altas do Ibovespa.
Os eventos a que o BTG se refere foram as manifestações em todo o país contra o governo federal no domingo, que reuniram milhões de pessoas, e a indicação de maior distanciamento do PMDB da administração de Dilma Rousseff após convenção nacional do partido no sábado.
Também trouxe desconforto no mercado reportagem da Agência Estados, citando fontes, segundo a qual o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o aval de Dilma, decidiu articular a votação de uma proposta que reduziria os poderes de ela governar.
Os profissionais do mercado ouvidos pela Reuters ainda destacaram que, embora a perspectiva de mudança na cena política sustente expectativas favoráveis para a economia, o cenário de ruptura política traz volatilidade. E, nesta sessão, o recuo dos preços de commodities também favoreceu realização de lucros.
DESTAQUES
- PETROBRAS fechou com as ações preferenciais em queda de 8,53 por cento, com os ruídos relacionados a Lula e o declínio dos preços do petróleo amparando uma realização de lucros após os papéis avançarem por 10 pregões consecutivos, acumulando no período um ganho de 66 por cento.
- VALE encerrou com as ações preferenciais de classe A com recuo de 4,43 por cento, afetadas pela nova queda dos preços do minério de ferro na China.
- BANCO DO BRASIL e BRADESCO fecharam com queda 2,46 e 0,64 por cento, respectivamente, após subirem na maior parte da sessão ajudados por melhora na recomendação pelo Bank of America Merrill Lynch. ITAÚ UNIBANCO também reverteu os ganhos e caiu 0,46 por cento. Todos o papéis tiveram o preço-alvo elevado pelo BofA ML.
- USIMINAS PNA cedeu 8,42 por cento, após subir quase 10 por cento na máxima no início do dia, após o Conselho de Administração aprovar proposta de aumento de capital. Foi a segunda queda seguida após a ação valorizar-se 137 por cento em uma série de nove altas.
- CEMIG caiu 5,19 por cento, entre as maiores baixas do Ibovespa. O UBS cortou a recomendação para o papel para "venda", enquanto reduziu o preço-alvo de 8 para 6,50 reais.
- BRASKEM avançou 6,23 por cento, em meio a expectativas sobre a troca do controle da empresa, com reportagem do Valor Econômico afirmando que aumentou a lista de interessados na compra da fatia da Petrobras na petroquímica. A alta do dólar ante o real ajudou.
- FIBRIA e SUZANO PAPEL E CELULOSE subiram 6,19 e 5,02 por cento, respectivamente, com a valorização do dólar dando suporte para a recuperação dos papéis, que figuraram na ponta positiva do Ibovespa.
- ECORODOVIAS subiu 1,84 por cento, após a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizar captação de empréstimo junto ao BNDES de 882 milhões de reais pela Eco101, concessionária do grupo. O BofA ML também elevou a recomendação da ação para "compra".