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Bovespa fecha em queda com comentários de Yellen

O Ibovespa caiu 0,71 por cento, a 47.710 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,4 bilhões de reais


	Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: movimento foi corroborado pelo recuo das ações da Petrobras
 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: movimento foi corroborado pelo recuo das ações da Petrobras (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2015 às 17h04.

São Paulo - A bolsa brasileira perdeu a força exibida pela manhã desta quarta-feira e fechou em queda, com o mercado se mostrando apreensivo diante da afirmação da chair do Federal Reserve de que uma alta do juro nos Estados Unidos em dezembro de fato pode ocorrer.

O movimento foi corroborado pelas perdas das ações da Petrobras em meio à baixa do petróleo.

O Ibovespa caiu 0,71 por cento, a 47.710 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,4 bilhões de reais.

Pela manhã, o índice chegou a subir 2,1 por cento, antes da abertura de Wall Street, com as bolsas europeias e ações de mineradoras subindo após dados econômicos positivos da Europa.

Porém, os comentários da chair do Fed, Janet Yellen, apoiaram a visão de que uma alta do juro nos EUA neste ano é possível, o que desfavorece emergentes como o Brasil. Yellen disse que a economia dos Estados Unidos está apresentando "boa performance" e poderia justificar aumento da taxa de juros em dezembro.

Ademais, dados sugeriram que a economia dos EUA está forte o bastante para suportar um aumento, como as adições de postos de trabalho no setor privado no mês passado um pouco acima do esperado. Separadamente, números mostraram que o setor de serviços dos EUA cresceu a um ritmo mais rápido em outubro.

Após a fala da Yellen, o mercado aumentou suas apostas na probabilidade de uma alta de juros em dezembro para mais de 60 por cento. O medo causado pela fala da dirigente do Fed se somou, por aqui, a um movimento de realização de lucros após alta de 4,76 por cento do Ibovespa na véspera, disse o operador Alexandre Soares, da corretora BGC Liquidez. Foi a maior alta percentual do índice em quase um ano.

DESTAQUES =PETROBRAS caiu 4,72 por cento nas preferenciais e 6,34 por cento nas ordinárias, diante da queda do preço do petróleo, provocada pelo aumento dos estoques da commodity nos EUA pela sexta semana seguida. Investidores também aproveitaram para embolsar lucros após a forte alta da véspera, quando as preferenciais subiram 10 por cento e as ordinárias avançaram mais de 12 por cento. Também influenciaram notícias sobre a maior adesão de funcionários da estatal à greve, com o movimento atingindo 47 unidades marítimas da Bacia de Campos.

=SMILES ganhou 6,63 por cento, antes da divulgação do balanço nesta quarta-feira, e após a rival MULTIPLUS divulgar resultado mostrando crescimento de 67 por cento no lucro do terceiro trimestre no comparativo anual. Multiplus, que não compõe o Ibovespa, caiu 0,49 por cento.

=TIM PARTICIPAÇÕES subiu 1,28 por cento, mesmo após a empresa de telefonia móvel ter anunciado queda de 50,5 por cento no lucro líquido ajustado do terceiro trimestre. Os analistas do Citi disseram que o resultado foi misto e pouco inspirador, com Ebitda acima do esperado, mas receita fraca. "O caso de investimento da TIM hoje se foca principalmente na expectativa de consolidação, com uma potencial fusão com a OI. Porém, achamos que incertezas regulatórias e macroeconômicas e dificuldades com essa transação podem empurrar qualquer fusão para 2016", escreveram os analistas.

=FIBRIA subiu 1,52 por cento, após a Moody's elevar o rating da empresa para grau de investimento e da fabricante de celulose revisar para baixo o investimento em dólares na ampliação da fábrica de Três Lagoas (MS).

=MARCOPOLO, que não está no Ibovespa, subiu 8,12 por cento, mesmo após resultado do terceiro trimestre fraco, quando o lucro líquido recuou 86 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior para 8 milhões de reais. A administração da companhia disse esperar que a proximidade das eleições municipais de 2016, os repasses de tarifas e as Olimpíadas do Rio de Janeiro destravem o setor a partir do ano que vem, aumentando a demanda por ônibus.

Texto atualizado às 18h04
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