São Paulo - A Bovespa oscilou pouco mais de mil pontos entre a mínima e a máxima do dia, saindo do terreno negativo, pela manhã, para ingressar no azul, à tarde. A fraqueza das Bolsas internacionais ficou relegada a segundo plano nesta quarta-feira, com investidores aproveitando preços atrativos do mercado doméstico, além da véspera do fechamento de mês e de trimestre, para recompor carteiras.

O Ibovespa terminou a sessão em alta de 0,65%, aos 56.034,29 pontos. Na mínima, bateu 55.130 pontos (-0,97%) e, na máxima, 56.178 pontos (+0,91%). No mês, acumula baixa de 2,42% e, no ano, de 8,07%. O giro financeiro totalizou R$ 5,679 bilhões. Os dados são preliminares.

"Essa alta do Ibovespa teve cara de ser uma volta, não uma mudança de rumo. É mais um movimento técnico, depois das quedas recentes", avaliou o gestor da Yield Capital, Hersz Ferman.

As ações da OGX ajudaram a sustentar os ganhos do Ibovespa, mesmo após o prejuízo bilionário da companhia. A ação subiu 3,91%, a terceira maior alta do Ibovespa, embora, no início do dia, tenha registrado perda de 2,60%, na mínima. A petrolífera teve prejuízo de R$ 1,172 bilhão em 2012 e de R$ 285,7 milhões no quarto trimestre.

PDG foi outro papel que foi do inferno ao céu nesta sessão. Caiu 4,38% na mínima, mas foi devolvendo até subir 5,39%, a maior valorização do índice. O mercado gostou da teleconferência da empresa e resolveu dar uma chance à nova gestão. A incorporadora diminuiu o prejuízo para R$ 1,786 bilhão no quarto trimestre de 2012, depois de assinalar perda de R$ 19,808 milhões um ano antes. No ano, o prejuízo somou R$ 2,177 bilhões, superando o lucro acumulado pela companhia desde 2008, de R$ 2,061 bilhões.

Entre as blue chips, Vale ON avançou 1,97% e PNA ganhou 1,94%. Petrobras ON ficou estável e a PN recuou 0,91%.

Nos EUA, as bolsas acompanharam o sinal de baixa da Europa, embora tenham melhorado no final. O Nasdaq conseguiu garantir uma pequena alta, de 0,12%, enquanto Dow recuou 0,23%, e S&P teve variação negativa de 0,06%. Os indicadores revelaram uma posição defensiva já que, na quinta-feira (28), sai a terceira e última revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2012.