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Bovespa fecha com alta reduzida por NY e temores com energia

Após subir 2% na primeira etapa do pregão, o Ibovespa fechou em queda, com o ânimo do mercado após anúncio de medidas fiscais e preocupações com a energia

Entrada da Bovespa: Ibovespa fechou com variação positiva de 0,25%, a 47.876 pontos (Hugo Arce/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 17h14.

Depois de subir quase 2 por cento na primeira etapa do pregão, o principal índice da bolsa paulista fechou com uma valorização tímida nesta terça-feira, com o ânimo do mercado após o anúncio de medidas fiscais dividindo a atenção com persistentes preocupações com o fornecimento de energia no país.

O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,25 por cento, a 47.876 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou 5,37 bilhões de reais.

Apesar do pregão positivo das bolsas asiáticas e europeias, que apoiou mais cedo o mercado brasileiro, Wall Street retomou os negócios depois do feriado de segunda-feira em baixa, após o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduzir suas previsões de crescimento global para 2015 e 2016.

O desempenho negativo do pregão norte-americano contribuiu para minar o ânimo de investidores da Bovespa, que haviam comemorado mais cedo o anúncio de um pacote de medidas fiscais pelo governo federal brasileiro para colocar as contas públicas do país em ordem.

"O humor estava muito ligado à forte queda da Bovespa ontem (segunda-feira), então houve um pouco de ajuste (para cima) pela manhã. Quando abriram as bolsas dos EUA, o mercado voltou para o seu rumo normal", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora. Depois do fechamento do mercado brasileiro, as bolsas nos EUA passaram a subir.

As preocupações do mercado sobre o fornecimento de energia no Brasil, que levaram o Ibovespa a recuar 2,57 por cento na véspera, também ajudaram a conter o otimismo do mercado acionário brasileiro.

Na segunda-feira, o Operador Nacional do Sistema (ONS) exigiu que distribuidoras de energia fizessem um corte seletivo no fornecimento.

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que não houve falta de geração de energia na segunda-feira, mas uma falha "aparentemente técnica na rede Norte-Sul". A declaração, no entanto, não diminuiu os temores do mercado nem impediu nova queda de ações de empresas que fazem uso intensivo de eletricidade, como a da petroquímica Braskem.

O papel recuou 6,54 por cento nesta terça, na esteira da queda de 7,7 por cento registrada na segunda-feira.

Ações do setor elétrico, como Eletrobras e CPFL Energia, também caíram com a percepção cada vez mais alta de risco de racionamento por conta dos níveis baixos de chuvas e do aumento do consumo de energia.

Já Cosan registrou alta de 4,47 por cento, beneficiada pelo anúncio de aumento da tributação sobre sobre gasolina e diesel, com a expectativa de que a medida possa incentivar o consumo de etanol.

A companhia de shoppings BR Malls e a siderúrgica CSN foram outros destaques de alta.

A preferencial de Petrobras, que chegou a subir mais de 7 por cento, reduziu ganho para apenas 1,41 por cento no fechamento.

A estatal surpreendeu o mercado ao informar pela manhã que os preços da gasolina e do diesel cobrados nas refinarias serão acrescidos do PIS/Cofins e da Cide, sem alterações para os valores recebidos pela empresa.

"Era consenso que quando aumentasse o preço do combustível a Petrobras deixaria o preço na bomba igual ou muito parecido para não pressionar a inflação", disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora. "Essa mudança indica de certa maneira um princípio de independência da Petrobras em relação à ingerência política."

São Paulo - O Ibovespa ainda não decidiu qual rumo tomar em 2015. O principal índice da bolsa brasileira exibe modesto 0,15% de ganho no acumulado do ano. No entanto, para algumas ações, 2015 não começou bem. Os papéis da Oi, por exemplo, já amargam perdas de 23%. Veja nas fotos acima as ações que começaram afundando.
  • 2. Oi

    2 /12(Marcelo Correa/EXAME)

  • Veja também

    AçãoOIBR4
    Desempenho em 2015-23,69%
    Preço atualR$ 6,57
    Valor de mercado da empresaR$ 5,76 bilhões
  • 3. Estácio

    3 /12(Divulgação)

  • AçãoESTC3
    Desempenho em 2015-18,98%
    Preço atualR$ 19,30
    Valor de mercado da empresaR$ 5,97 bilhões
  • 4. Kroton

    4 /12(Divulgação)

    Ação(KROT3)
    Desempenho em 2015-16,19%
    Preço atualR$ 12,99
    Valor de mercado da empresaR$ 20,57 bilhões
  • 5. Petrobras

    5 /12(Acordo salgado)

    AçãoPETR4
    Desempenho em 2015-11,58%
    Preço atualR$ 8,86
    Valor de mercado da empresaR$ 111,45 bilhões
  • 6. ALL

    6 /12(Divulgação/EXAME.com)

    AçãoALLL3
    Desempenho em 2015-11,26%
    Preço atualR$ 4,49
    Valor de mercado da empresaR$ 3 bilhões
  • 7. Marfrig

    7 /12(Divulgação/Marfrig)

    AçãoMRFG3
    Desempenho em 2015-11,15%
    Preço atualR$ 5,42
    Valor de mercado da empresaR$ 2,76 bilhões
  • 8. Cosan

    8 /12(Claudio Perez/Bloomberg)

    AçãoCSAN3
    Desempenho em 2015-10,57%
    Preço atualR$ 25,80
    Valor de mercado da empresaR$ 1,07 bilhão
  • 9. Petrobras

    9 /12(Sergio Moraes/Reuters)

    AçãoPETR3
    Desempenho em 2015-9,80%
    Preço atualR$ 8,65
    Valor de mercado da empresaR$ 111,45 bilhões
  • 10. Braskem

    10 /12(Germano Lüders/EXAME)

    AçãoBRKM5
    Desempenho em 2015-8,46%
    Preço atualR$ 16,02
    Valor de mercado da empresaR$ 10,45 bilhões
  • 11. Cielo

    11 /12(Divulgação)

    AçãoCIEL3
    Desempenho em 2015-7,94%
    Preço atualR$ 38,36
    Valor de mercado da empresaR$ 59,66 bilhões
  • 12. Quem serão os maiores pagadores de dividendos em 2015?

    12 /12(REUTERS/Edgar Su)

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