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BOVESPA-Em dia volátil, blue chips sustentam alta; bancos caem

(Texto acrescido de mais informações e fechamento oficial) Por Rodolfo Barbosa SÃO PAULO, 3 de dezembro (Reuters) - Em uma sexta-feira volátil, com diversos indicadores importantes nos Estados Unidos e o anúncio de elevação dos compulsórios no Brasil pelo Banco Central para evitar uma bolha no crédito, a bolsa brasileira conseguiu encerrar o dia em […]

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 17h45.

(Texto acrescido de mais informações e fechamento oficial)

Por Rodolfo Barbosa

SÃO PAULO, 3 de dezembro (Reuters) - Em uma sexta-feira
volátil, com diversos indicadores importantes nos Estados
Unidos e o anúncio de elevação dos compulsórios no Brasil pelo
Banco Central para evitar uma bolha no crédito, a bolsa
brasileira conseguiu encerrar o dia em leve alta, ancorada no
desempenho positivo de blue chips.

O Ibovespa , principal índice do mercado local,
fechou com alta de 0,34 por cento, para 69.766 pontos. Na
mínima da sessão o índice chegou a cair 0,84 por cento. Na
semana o Ibovespa acumulou alta de 2,3 por cento.

O volume financeiro do pregão foi de 5,94 bilhões de
reais.

Após iniciar o dia no zero a zero, o principal índice de
ações brasileiras caiu em consequência de dados piores que o
esperado sobre criação de postos de trabalho nos EUA, mas se
recuperou posteriormente por números norte-americanos do setor
de serviços e de encomendas à indústria.

Nos EUA, o Dow Jones e o S&P operavam entre
estabilidade e ligeira alta perto do fechamento, enquanto oNasdaq avançava 0,4 por cento.

A geração de postos de trabalho nos EUA cresceu pouco em
novembro, e a taxa desemprego inesperadamente subiu a 9,8 por
cento, mas o setor de serviços cresceu em novembro pelo décimo
primeiro mês consecutivo.

"As altas na blue chips ajudaram por aqui, a Fibria também,
mas menos. Contudo, ainda estamos sem viés, passando por um
período complicado. Os EUA estão com um comportamento bipolar,
isso vem trazendo muita volatilidade", afirmou o analista-chefe
da corretora SLW, Pedro Galdi.

No front doméstico, a manhã foi agitada com o BC anunciando
aumento nos compulsórios. Com as mudanças, os bancos terão de
recolher 61 bilhões de reais a mais junto ao BC.

No Ibovespa, as blue chips foram as principais responsáveis
por sustentar os ganhos da sessão.

As ações preferenciais da Vale subiram 0,91 por
cento, para 49,95 reais, enquanto que as ações ordinárias da
mineradora ganharam 1,25 por cento, para 56,60
reais.

Os papéis preferenciais da Petrobras subiram
1,18 por cento, para 25,70 reais, ao passo que os papéis
ordinários fecharam em alta de 1,31 por cento, aos
28,58 reais.

Entre os destaques da alta, as ações da Fibria
subiram 4,33 por cento, para 28,69 reais.

Na ponta negativa, os bancos e construtoras sentiram o peso
das medidas anunciadas pelo BC.

As units do Santander tiveram uma das maiores
devalorizações da sessão, de 3,3 por cento, para 22,58 reais.
Banco do Brasil recuou 2,66 por cento, para 32,60
reais, e Bradesco perdeu 2,02 por cento, para 33,95
reais.

As novas medidas do BC também ajudaram a derrubar ações de
construturas. "Esperamos reação inicial negativa nas ações de
construtoras devido ao reflexo de venda de setores sensíveis a
taxa de juros em um ciclo de aperto, mas no fim podem sair
ganhando devido às nuances do sistema hipotecário que se
desenvolve no Brasil", afirmou o Citi em relatório.

As ações da PDG Realty cederam 1,58 por cento,
para 9,94 reais, enquanto as da Gafisa perderam 2,20
por cento, para 12,02 reais.

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