BOVESPA-Corre-corre por Petrobras faz índice fechar no vermelho
(Texto atualizado com mais informações e dados oficiais de fechamento da bolsa) Por Aluísio Alves SÃO PAULO, 3 de setembro (Reuters) - De olho no processo de capitalização da Petrobras, o mercado ignorou o noticiário econômico benigno no Brasil e nos EUA e levou a Bovespa à segunda sessão seguida no vermelho nesta sexta-feira, na […]
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2010 às 14h58.
(Texto atualizado com mais informações e dados oficiais de
fechamento da bolsa)
Por Aluísio Alves
SÃO PAULO, 3 de setembro (Reuters) - De olho no processo de
capitalização da Petrobras, o mercado ignorou o noticiário
econômico benigno no Brasil e nos EUA e levou a Bovespa à
segunda sessão seguida no vermelho nesta sexta-feira, na
contramão de Wall Street.
Puxado por ações de grande peso no índice, o Ibovespa
encolheu 0,19 por cento, aos 66.678 pontos. O giro
financeiro da sessão ficou em 6,4 bilhões de reais.
Num movimento pouco comum, o investidor fez pouco caso de
notícias habitualmente consideradas das mais relevantes. No
Brasil, o PIB do segundo trimestre cresceu 1,2 por cento sobre
o primeiro quarto do ano, acima das expectativas. E nos EUA o
mercado de trabalho eliminou menos vagas do que se previa em
agosto.
"Mas o que pegou hoje foi o investidor se posicionando nas
ações da Petrobras", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor de
investimentos da corretora Souza Barros.
O motivo: de acordo com os termos da oferta pública de
ações da companhia, que teve o prospecto preliminar divulgado
nesta sexta-feira, os que pretendem participar da operação como
atuais acionistas, evitando uma diluição da sua participação,
precisam estar com papéis da empresa até semana que vem.
Os estrangeiros, para quem o prazo é mais curto, foram os
primeiros a vender papéis de outras companhias e a entrar nos
da Petrobras, cuja preferencial deu um salto de 4,35
por cento, a 28,80 reais.
Entre as que 'pagaram o pato', OGX , a petroleira
do grupo EBX que vinha recebendo boa parte do fluxo de
investimentos do setor, especialmente de investidores que
temiam pelos rumos da capitalização da Petrobras, foi a pior do
índice, com um tombo de 5,7 por cento, a 19,30 reais.
Setorialmente, os segmentos bancário, imobiliário e de
metais também pesaram sobre o Ibovespa. Em destaque, Rossi
Residencial caiu 3,3 por cento, a 14,94 reais.
O papel preferencial da Vale , hoje a mais
importante do índice, recuou 0,3 por cento, a 42,72 reais,
mesmo após relatório do Banco do Brasil Investimentos elevar o
valor potencial das ações da mineradora Vale, alegando otimismo
com o desempenho da empresa nos próximos exercícios.
O mercado acionário doméstico agora tem pela frente uma
semana enforcada por feriado nos EUA, na segunda-feira, que
fecha Wall Street, e o Dia da Independência no Brasil, na
terça, que interrompe as transações na Bovespa.
(Edição de Isabel Versiani)
(Texto atualizado com mais informações e dados oficiais de
fechamento da bolsa)
Por Aluísio Alves
SÃO PAULO, 3 de setembro (Reuters) - De olho no processo de
capitalização da Petrobras, o mercado ignorou o noticiário
econômico benigno no Brasil e nos EUA e levou a Bovespa à
segunda sessão seguida no vermelho nesta sexta-feira, na
contramão de Wall Street.
Puxado por ações de grande peso no índice, o Ibovespa
encolheu 0,19 por cento, aos 66.678 pontos. O giro
financeiro da sessão ficou em 6,4 bilhões de reais.
Num movimento pouco comum, o investidor fez pouco caso de
notícias habitualmente consideradas das mais relevantes. No
Brasil, o PIB do segundo trimestre cresceu 1,2 por cento sobre
o primeiro quarto do ano, acima das expectativas. E nos EUA o
mercado de trabalho eliminou menos vagas do que se previa em
agosto.
"Mas o que pegou hoje foi o investidor se posicionando nas
ações da Petrobras", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor de
investimentos da corretora Souza Barros.
O motivo: de acordo com os termos da oferta pública de
ações da companhia, que teve o prospecto preliminar divulgado
nesta sexta-feira, os que pretendem participar da operação como
atuais acionistas, evitando uma diluição da sua participação,
precisam estar com papéis da empresa até semana que vem.
Os estrangeiros, para quem o prazo é mais curto, foram os
primeiros a vender papéis de outras companhias e a entrar nos
da Petrobras, cuja preferencial deu um salto de 4,35
por cento, a 28,80 reais.
Entre as que 'pagaram o pato', OGX , a petroleira
do grupo EBX que vinha recebendo boa parte do fluxo de
investimentos do setor, especialmente de investidores que
temiam pelos rumos da capitalização da Petrobras, foi a pior do
índice, com um tombo de 5,7 por cento, a 19,30 reais.
Setorialmente, os segmentos bancário, imobiliário e de
metais também pesaram sobre o Ibovespa. Em destaque, Rossi
Residencial caiu 3,3 por cento, a 14,94 reais.
O papel preferencial da Vale , hoje a mais
importante do índice, recuou 0,3 por cento, a 42,72 reais,
mesmo após relatório do Banco do Brasil Investimentos elevar o
valor potencial das ações da mineradora Vale, alegando otimismo
com o desempenho da empresa nos próximos exercícios.
O mercado acionário doméstico agora tem pela frente uma
semana enforcada por feriado nos EUA, na segunda-feira, que
fecha Wall Street, e o Dia da Independência no Brasil, na
terça, que interrompe as transações na Bovespa.
(Edição de Isabel Versiani)