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Bovespa continua "arriscada", mesmo quando problemas vêm do mundo desenvolvido

Mercado financeiro brasileiro chegou a despencar 9,75%, mesmo com economia robusta dos países emergentes, afirmou o jornal Financial Times

Alguns investidores, ainda conservadores, acham que os mercados emergentes são "fontes de risco no mundo", diz FT (Germano Lüders/EXAME.com)

Alguns investidores, ainda conservadores, acham que os mercados emergentes são "fontes de risco no mundo", diz FT (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 08h55.

São Paulo - A grande ironia para o Brasil é que a Bovespa continua sendo "arriscada", mesmo quando os problemas internacionais vêm do mundo desenvolvido, afirmou o jornal Financial Times em texto publicado no jornal nesta quarta-feira (10). Na segunda-feira (8), o Ibovespa chegou a marcar queda de 9,75% com uma retirada massiva de investimentos na bolsa, provocando perdas expressivas no mercado financeiro e comparações com a crise internacional de 2008.

Segundo a matéria de Joe Leahy e Samantha Pearson, usuários de Facebook tiraram sarro da queda da bolsa brasileira marcando eventos para o "iminente circuit breaker" do mercado, que poderia ser implementado se a Bovespa despencasse mais de 10%. No mesmo dia, pessoas divulgaram nas redes sociais mensagens como "bem-vindo à 2008" e "não chore, fique bêbado", fazendo referência ao caos do mercado financeiro na crise ocorrida há três anos atrás.

A grande oscilação na Bovespa, para o Financial Times, é explicada principalmente pelo rebaixamento do rating dos Estados Unidos e pela ação de investidores que, ainda conservadores, acham que os mercados emergentes são "fontes de risco no mundo". Segundo o jornal, as reservas câmbiais do Brasil somam US$ 350 bilhões, 80% a mais comparado com a situação do país em 2008.

De acordo com o FT, analistas dizem que a saída de investidores da bolsa teria sido maior se o governo não tivesse um "sistema complexo de capitais" que penaliza quem tira o dinheiro. O medo de uma bolha de crédito no Brasil também foi um dos fatores provocadores de oscilação no mercado, segundo o jornal.

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