Bovespa: o principal índice da bolsa registrou desvalorização de 0,56% na sessão desta quinta-feira (Divulgação/Facebook/BM&FBovespa)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 17h35.
São Paulo - Os dados desanimadores de crescimento econômico na zona do euro e no Japão aumentaram a aversão ao risco e levaram a Bovespa a renovar a pontuação mínima do ano nesta quinta-feira.
Durante o pregão, o Ibovespa chegou a ser negociado na casa dos 57 mil pontos. As companhias ligadas a commodities foram as mais prejudicadas, com Vale caindo mais de 1%. O cenário só não foi pior porque as ações da Petrobras tiveram queda menos expressiva. O giro financeiro também foi o pior do ano, totalizando R$ 5,321 bilhões.
O Ibovespa encerrou a sessão em baixa de 0,56%, aos 58.077,31 pontos, patamar mais baixo desde 6 de dezembro do ano passado (57.656,42 pontos). O índice ficou no vermelho durante todo o pregão. Na mínima, recuou 1,12%, aos 57.751 pontos e, na máxima, ficou estável, aos 58.406 pontos. No mês, a Bovespa acumula perda de 2,82% e, no ano, de 4,72%.
"Os números do PIB (Produto Interno Bruto) do Japão e da Europa não agradaram a ninguém e tiveram impacto nas ações que têm mais peso no Ibovespa", afirmou o superintendente da CGD Securities, Raffi Dokuzian, citando os setores de petróleo, mineração e financeiro. O PIB da zona do euro e o das maiores economias do bloco - Alemanha, França e Itália - tiveram contração no quarto trimestre de 2012.
Ele acrescentou que, além do ambiente externo desfavorável, o volume negociado na Bovespa foi fraco, o que acaba intensificando os movimentos de alta ou baixa no mercado acionário. "A coisa está frágil; com giro baixo fica mais frágil ainda", destacou. Das 69 ações que compõe a carteira teórica do Ibovespa, 24 fecharam no azul.
Os papéis da Petrobras recuaram 0,50% os ON e 0,73% os PN. OGX ON apresentou queda de 1,86%.
No caso da Vale, a queda foi mais intensa; as ações ON perderam 1,36% e as PNA registraram declínio de 1,76%. Os papéis da companhia também foram pressionados pela divulgação de um balanço fraco da concorrente anglo-australiana Rio Tinto, que anunciou seu primeiro prejuízo líquido anual em 2012, de US$ 2,99 bilhões, prejudicada por uma forte queda nos preços do minério de ferro, entre outras commodities.
Em Wall Street, no final da tarde, o índice Dow Jones perdia 0,03%, o S&P 500 avançava 0,11% e o Nasdaq tinha ganho de 0,06%.