São Paulo - A bolsa de valores de São Paulo oscilava entre terreno positivo e negativo nesta terça-feira, com alta em ações da Petrobras e investidores aguardando os momentos finais no Senado do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Às 10:49, o Ibovespa mostrava oscilação negativa de 0,1 por cento, a 58.550 pontos, depois de ter mudado de direção algumas vezes nos primeiros minutos do pregão e encerrar em alta de 1,55 por cento na véspera. O volume financeiro era de 608 milhões de reais.

"O volume continua muito baixo, o que explica um pouco o sentimento dos investidores em compasso de espera", disse o analista da Guide Investimentos, Rafael Ohmachi.

Mais cedo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse na retomada da sessão de julgamento do impeachment que pretende encerrar a etapa dos debates orais nesta terça-feira ou, se preciso, na madrugada de quarta-feira, mas prevê que a votação final ocorra na manhã de quarta-feira.

"Amanhã, na primeira hora possível, nós iniciaremos o julgamento. Eu farei o relatório, depois teremos o encaminhamento e finalmente a votação. Portanto, as nossas previsões, salvo alguma alteração substancial, indicam que o julgamento se processará a partir de quarta-feira de manhã", disse Lewandowski.

Ohmachi, da Guide, acrescentou que os investidores também estão na expectativa por dados do mercado de trabalho da economia norte-americana, previstos para sexta-feira, o que se somava à cautela no curto prazo, uma vez que os números serão observados em busca de pistas sobre o momento da próxima alta de juros nos Estados Unidos.

As ações preferenciais da Petrobras mostravam valorização de 2,20 por cento, enquanto os papéis ordinários mostravam alta de 2,30 por cento, amparados em alta nos preços do petróleo nos Estados Unidos e na Europa.

Mais cedo, a estatal anunciou que vai ampliar parceria com a norueguesa Statoil visando futuros leilões de áreas de exploração de petróleo, em momento em que a endividada companhia brasileira enfrenta restrições de recursos.

Enquanto isso, as ações da segunda maior empresa de educação privada do país, Estácio, tinham baixa de 1,95 por cento, depois que a companhia anunciou que seu presidente, Gilberto Teixeira de Castro, renunciou, citando motivos pessoais e familiares.

A empresa está em processo de ser adquirida pela rival maior Kroton, que recuava 1,25 por cento. 

Texto atualizado às 11h07