Mercados

Bovespa abre no azul com menor aversão ao risco

Às 11:27, o Ibovespa registrava alta de 0,76 por cento, a 39.616 pontos


	Petróleo: há expectativas de um corte coordenado na produção global da commodity
 (Thinckstock)

Petróleo: há expectativas de um corte coordenado na produção global da commodity (Thinckstock)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 10h50.

São Paulo - As ações brasileiras operavam no azul nesta sexta-feira, mas já desaceleravam ganhos em relação à abertura do pregão. Nesta sessão, relativa calma retornava às praças acionárias após a aversão ao risco ter contaminado os mercados globais na véspera, contudo, incertezas fiscais domésticas pesavam sobre a confiança de investidores na Bovespa.

Às 11:27, o Ibovespa registrava alta de 0,76 por cento, a 39.616 pontos, desacelerando ganhos em relação à alta de 1,22 por cento exibida no melhor momento da manhã.

O giro financeiro do pregão era de 628 milhões de reais.

O principal índice da bolsa brasileira recuou 2,6 por cento na quinta-feira, contaminado pela aversão a risco global, diante de apreensões sobre crescimento e eficácia da atuação de bancos centrais para estimular a atividade econômica ao redor do globo.

O pregão era mais tranquilo nesta sexta-feira, com as ações europeias, os futuros dos Estados Unidos e os preços do petróleo em alta, diante de expectativas de um corte coordenado na produção global da commodity motivadas por comentários do ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos.

Porém, o noticiário doméstico impedia uma recuperação maior das ações brasileiras, segundo o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos, em meio à decisão do governo de adiar para março o anúncio do corte no Orçamento de 2016, além de especulações sobre um contingenciamento menor do que estimado inicialmente.

"Nem todas as ações estão se recuperando por aqui", disse Santos.

Destaques

=CIELO : subia mais de 4 por cento após a agência Bloomberg noticiar que Bradesco e Banco do Brasil -- bancos que são os principais acionistas da Cielo -- teriam desistido por ora de comprar a processadora de pagamentos eletrônicos Elavon no Brasil, em meio à sinalização de que o negócio enfrentaria restrições antitruste.

"Para o mercado, a aquisição da Elavon poderia gerar uma concorrência interna entre as duas marcas do mesmo grupo e tiraria a exclusividade da Cielo de ter o suporte da rede bancária do Bradesco e do Banco do Brasil, o que facilita a captação e fideliza os clientes", disse a Guide Investimentos em relatório.

Assim, na visão da corretora, a possibilidade de o negócio não ocorrer gera repercussão positiva para as ações da Cielo.

=PETROBRAS ganhava 2,6 por cento nos papéis PN e 4,2 por cento nos ON, com os preços do petróleo disparando depois de o ministro de Energia dos Emirados Árabes, Suhail bin Mohammed al-Mazrouei, afirmar que a Opep está disposta a conversar com outras nações exportadoras sobre um corte de produção.

No noticiário sobre a empresa, o jornal Valor Econômico noticiou que a Petrobras já tem interessados em determinados ativos de gás, que podem ser os primeiros a serem vendidos em 2016.

=CSN e GERDAU subiam 4,6 e 2,96 por cento, respectivamente, em movimento de recuperação na esteira de perdas de mais de 10 por cento na véspera, com o setor pressionado pelo excesso de oferta global e forte compressão nas vendas domésticas.

=VALE tinha ganho de 2,6 por cento nas preferenciais, acompanhando a alta de pares internacionais.

Texto atualizado às 11h50.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valores

Mais de Mercados

Nasdaq cai 2,4% puxado por Intel e Amazon e aprofunda correção

Ibovespa cai 1,2% com pessimismo nos EUA e volta aos 125 mil pontos

Payroll, repercussão de balanços das big techs e produção industrial no Brasil: o que move o mercado

Mercado amanhece tenso e ações no Japão têm pior dia desde 2016

Mais na Exame