Mercados

Bovespa abre estável de olho no exterior

No Brasil, os investidores acompanham os passos do governo em relação à inflação e ao dólar. Novidades do Fed nos EUA podem modificar a situação da bolsa

Acionistas buscam entender os motivos que levaram o Comitê de Política Monetária a diminuir o ritmo de alta da Selic (Germano Lüders/EXAME)

Acionistas buscam entender os motivos que levaram o Comitê de Política Monetária a diminuir o ritmo de alta da Selic (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2011 às 10h34.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia perto da estabilidade, em meio à cautela, no exterior, ante o resultado da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que começa hoje e termina amanhã. Hoje, a liquidez deve voltar ao normal, com o retorno dos negócios na Europa, após o feriado de Páscoa. No Brasil, os investidores acompanham os passos do governo em relação à inflação e ao dólar. Às 10h10 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) tinha leve alta de 0,01%, aos 66.976 pontos.

Segundo especialistas, a condução de política monetária nos EUA e no Brasil concentram as atenções dos investidores nesta semana. Embora não sejam esperadas quaisquer novidades vindas do Fed, é grande a expectativa para a entrevista coletiva que o presidente da instituição, Ben Bernanke, dará logo após o fim do encontro.

Enquanto aguardam, as bolsas internacionais permanecem próximas da estabilidade, mas com viés positivo. No Brasil, os investidores buscam entender os motivos que levaram o Comitê de Política Monetária (Copom) a reduzir o ritmo de alta da Selic (a taxa básica de juros da economia) para 0,25 ponto porcentual. Na semana passada, a Selic passou de 11,75% para 12,00% ao ano. Os analistas também tentam compreender o quão longo será o processo de ajuste monetário.

O combate à inflação no País tende a ser mais extenso, favorecendo operações de arbitragem pelos investidores estrangeiros, o que mantém o real valorizado e torna ainda mais atraente a renda fixa - em detrimento do investimento em ações. Em suma, a Bolsa deve seguir carente de capital externo para avançar rumo às máximas históricas. Além disso, setores ligados ao crédito e ao consumo devem seguir pressionados no curto prazo.

Por outro lado, a safra de balanços do primeiro trimestre, que começa a ganhar ritmo a partir desta semana, pode provocar movimentos pontuais em algumas papéis e setores. Isso pode, dependendo do peso que essas empresas têm no Ibovespa, agitar os negócios locais.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresCopomEstatísticasFed – Federal Reserve SystemIndicadores econômicosJurosMercado financeiroSelic

Mais de Mercados

Luigi Mangione se declara inocente de acusações de assassinato no caso da morte de CEO nos EUA

Os destaques do mercado em 2024: criptomoedas, Inteligência Artificial e surpresas globais

Ex-presidente da Nissan, brasileiro Carlos Ghosn diz que fusão com Honda “não faz sentido”

Prosus compra a Decolar por US$ 1,7 bilhão e empresa sairá da bolsa de Nova York