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Bovespa abre em queda, descolada do exterior

O setor elétrico concentra novamente as atenções neste dia em que chega ao fim o prazo para que as companhias decidam sobre a renovação das concessões


	Bovespa:  pouco depois das 10 horas, o Ibovespa caía 0,10%, aos 58.142,94 pontos
 (Divulgação)

Bovespa:  pouco depois das 10 horas, o Ibovespa caía 0,10%, aos 58.142,94 pontos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 09h53.

São Paulo - A Bovespa volta a andar na contramão do exterior nesta terça-feira, só que a direção, desta vez, é negativa. Com a proximidade do vencimento de índice futuro, na semana que vem, os investidores começam a defender suas posições, o que não permite os negócios locais irem muito além ou aquém do patamar atual.

O setor elétrico concentra novamente as atenções neste dia em que chega ao fim o prazo para que as companhias decidam sobre a renovação das concessões. Pouco depois das 10 horas, o Ibovespa caía 0,10%, aos 58.142,94 pontos.

O comportamento sinalizado para o dia é oposto ao verificado nos mercados internacionais, onde o sinal positivo prevalece, a despeito do impasse entre republicanos e democratas sobre as maneiras de se evitar o abismo fiscal nos Estados Unidos.

A proposta da oposição de uma arrecadação adicional de US$ 800 bilhões com impostos, sem aumentos de alíquotas, representa apenas a metade do desejado pelo presidente norte-americano, Barack Obama. Com isso, foi rejeitada pela Casa Branca.

Ainda assim, no horário acima, o futuro do S&P 500 subia 0,06%, neste dia de agenda econômica fraca nos EUA. Está prevista apenas a divulgação, às 12h45, do índice de condições empresariais de Nova York em novembro. A Europa pega carona nos ganhos exibidos em Wall Street e avança, ainda que sem muita força. A Bolsa de Frankfurt, por exemplo, ganhava 0,21%.


Já na Bovespa, o dia deve começar com uma realização de lucros, mas os negócios devem ter um intenso vaivém. "O vencimento de índice futuro no dia 12 traz mais volatilidade", comenta um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista.

No âmbito corporativo, o destaque são as empresas de energia elétrica. A Cesp rejeitou na segunda-feira a proposta do governo federal de renovar as concessões dos contratos de três usinas hidrelétricas. Até mesmo a Hidrelétrica de Três Irmãos, cujo contrato venceu em dezembro de 2011, foi recusada, o que permite que a usina já seja retomada pela União.

Na direção oposta, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep) decidiu na segunda-feira (03) aceitar a proposta do governo, depois de rechaçá-la inicialmente. A estatal Eletrobras já aderiu ao plano e a Cemig decide nesta terça-feira, em assembleia. Celesc não renovou suas concessões na parte de geração, assim como a Copel.

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