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Bovespa abre em baixa pressionada por commodities

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em queda, após mais um aperto no compulsório bancário anunciado pela China, com vigência daqui a menos de uma semana. Também persistem os temores sobre a situação fiscal na Europa, com receios de contágio entre os países do continente. Hoje, uma […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 10h41.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em queda, após mais um aperto no compulsório bancário anunciado pela China, com vigência daqui a menos de uma semana. Também persistem os temores sobre a situação fiscal na Europa, com receios de contágio entre os países do continente. Hoje, uma nova rodada de correção nos preços das commodities (matérias-primas) negociadas no exterior deve penalizar a Bovespa, com a performance das blue chips comprometida. Por fim, a agenda econômica dos Estados Unidos é carregada, podendo trazer algum alívio ou azedar de vez o humor dos investidores. Às 10h23 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,44%, aos 63.492 pontos.

Na avaliação de um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, é muito arriscado afirmar que o desempenho da Bolsa não será castigado hoje, uma vez que a queda generalizada das commodities funciona como fator de depreciação dos ativos. "A tendência é de acompanhar a queda em Nova York, potencializada pela fraqueza das matérias-primas", diz. Ele acrescenta que "uma alta até pode vir, mas não é o que está sendo desenhado". Ele ressalta, ainda assim, que a agenda econômica norte-americana hoje é forte, podendo ter um efeito amortecedor, a depender dos resultados. "Mas, se (os dados) vierem ruim, será uma pá de cal", conclui.

Os dados norte-americanos já divulgados hoje vieram praticamente em linha com o esperado. O número de trabalhadores nos EUA que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 44 mil, para 434 mil, após ajustes sazonais, na semana até 7 de maio. Os economistas esperavam queda de 46 mil solicitações. Do lado do consumo, as vendas no varejo do país cresceram 0,5% em abril ante março, levemente abaixo da previsão de alta de 0,6%.

Já no campo da inflação, os preços ao produtor norte-americano continuaram subindo em abril, refletindo a aceleração dos custos no segmento de energia. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu à taxa sazonalmente ajustada de 0,8% em abril ante março, enquanto o núcleo do indicador cresceu 0,3%, na mesma base de comparação. Economistas previam alta de 0,7% do índice cheio e de 0,2% do núcleo.

Nos EUA, às 11 horas, será a vez da divulgação dos estoques das empresas em março. Também neste horário, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, participa de uma audiência no Senado, onde ele deverá dizer que em breve será divulgada uma proposta de regulamentação mais rígida para os bancos "grandes demais para falir".

Do outro lado do mundo, a China materializou os temores dos investidores e anunciou uma nova elevação na taxa do compulsório bancário, diminuindo a disponibilidade do dinheiro no sistema financeiro. O Banco Central chinês (PBOC) apertou em 0,50 ponto porcentual a taxa de recolhimento obrigatório dos bancos, no quinto aumento desse tipo apenas neste ano. A alta entra em vigor no dia 18 de maio, e a taxa para a maior parte dos grande bancos deve chegar a 21%, após esse aumento.

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São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em queda, após mais um aperto no compulsório bancário anunciado pela China, com vigência daqui a menos de uma semana. Também persistem os temores sobre a situação fiscal na Europa, com receios de contágio entre os países do continente. Hoje, uma nova rodada de correção nos preços das commodities (matérias-primas) negociadas no exterior deve penalizar a Bovespa, com a performance das blue chips comprometida. Por fim, a agenda econômica dos Estados Unidos é carregada, podendo trazer algum alívio ou azedar de vez o humor dos investidores. Às 10h23 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,44%, aos 63.492 pontos.

Na avaliação de um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, é muito arriscado afirmar que o desempenho da Bolsa não será castigado hoje, uma vez que a queda generalizada das commodities funciona como fator de depreciação dos ativos. "A tendência é de acompanhar a queda em Nova York, potencializada pela fraqueza das matérias-primas", diz. Ele acrescenta que "uma alta até pode vir, mas não é o que está sendo desenhado". Ele ressalta, ainda assim, que a agenda econômica norte-americana hoje é forte, podendo ter um efeito amortecedor, a depender dos resultados. "Mas, se (os dados) vierem ruim, será uma pá de cal", conclui.

Os dados norte-americanos já divulgados hoje vieram praticamente em linha com o esperado. O número de trabalhadores nos EUA que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 44 mil, para 434 mil, após ajustes sazonais, na semana até 7 de maio. Os economistas esperavam queda de 46 mil solicitações. Do lado do consumo, as vendas no varejo do país cresceram 0,5% em abril ante março, levemente abaixo da previsão de alta de 0,6%.

Já no campo da inflação, os preços ao produtor norte-americano continuaram subindo em abril, refletindo a aceleração dos custos no segmento de energia. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu à taxa sazonalmente ajustada de 0,8% em abril ante março, enquanto o núcleo do indicador cresceu 0,3%, na mesma base de comparação. Economistas previam alta de 0,7% do índice cheio e de 0,2% do núcleo.

Nos EUA, às 11 horas, será a vez da divulgação dos estoques das empresas em março. Também neste horário, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, participa de uma audiência no Senado, onde ele deverá dizer que em breve será divulgada uma proposta de regulamentação mais rígida para os bancos "grandes demais para falir".

Do outro lado do mundo, a China materializou os temores dos investidores e anunciou uma nova elevação na taxa do compulsório bancário, diminuindo a disponibilidade do dinheiro no sistema financeiro. O Banco Central chinês (PBOC) apertou em 0,50 ponto porcentual a taxa de recolhimento obrigatório dos bancos, no quinto aumento desse tipo apenas neste ano. A alta entra em vigor no dia 18 de maio, e a taxa para a maior parte dos grande bancos deve chegar a 21%, após esse aumento.

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