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Bovespa abre em alta, otimisma com fala de Bernanke

A alta firme dos índices futuros das Bolsas de Nova York e os ganhos registrados entre as bolsas europeias devem contribuir para o movimento


	Bovespa: por volta das 10h20, o Ibovespa subia 2,02%, aos 46.395,51 pontos
 (Marcel Salim/EXAME.com)

Bovespa: por volta das 10h20, o Ibovespa subia 2,02%, aos 46.395,51 pontos (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 10h55.

São Paulo - A Bovespa abriu o pregão desta quinta-feira em ritmo acelerado, empurrada pela melhora do ambiente externo após o discurso de ontem do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, que deu indícios de que manterá os estímulos na economia dos Estados Unidos, por enquanto.

A alta firme dos índices futuros das Bolsas de Nova York e os ganhos registrados entre as bolsas europeias devem contribuir para o movimento, assim como o avanço das commodities metálicas, beneficiadas pelo dólar fraco.

Por volta das 10h20, o Ibovespa subia 2,02%, aos 46.395,51 pontos.

"Os mercados ainda refletem os dizeres de Bernanke", resume, em relatório, o gerente da mesa de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus.

Ele se refere às declarações feitas por Bernanke, após o fechamento dos mercados financeiros na quarta-feira, quando enfatizou que o Fed não está com pressa para subir os juros básicos norte-americanos.

Além disso, o presidente do BC dos EUA disse que a política monetária altamente acomodatícia é necessária em um futuro previsível.

"Os mercados ficaram mais otimistas com o pronunciamento de Bernanke, após todo o nervosismo sobre o corte das compras de títulos", comenta o operador sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro, referindo-se à redução do programa de compra de bônus dos EUA. "Então a Bolsa vai receber um empurrão do exterior e o tom dos negócios é ditado por Bernanke", completa.


No horário acima, o futuro do S&P 500 subia 0,96%, também já digerindo o aumento inesperado nos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA, para 360 mil ante previsão de queda a 335 mil solicitações.

O dado da semana anterior foi revisado para cima, a 344 mil, de 343 mil antes. Além disso, o índice de preços das importações caiu 0,2% em junho, contrariando a previsão de estabilidade. Ainda na agenda econômica norte-americana, às 15 horas, sai o resultado das contas do governo no mês passado.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou ontem à noite, em decisão unânime, a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto porcentual, para 8,50% ao ano. Contudo, o novo aperto monetário foi acompanhando de uma comunicado curto, que não trouxe novidades, e veio em linha com a expectativa do mercado.

Nesta manhã, o IBGE informou que as vendas no comércio varejista ficaram estáveis em maio ante abril, resultado melhor que a mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de -0,30%, nessa base de comparação. Para Monteiro, da Renascença, "o cenário interno ainda é complicado" e, com isso, qualquer trajetória de alta da Bolsa deve se restringir ao curto prazo.

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