Bolsas globais minimizam desmentidos e sobem de olho na Europa
Mercado repercutiu uma notícia sobre um fundo de resgate do FMI para a Itália, de até 600 bilhões de euros
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2011 às 12h46.
São Paulo - A esperança de que os líderes europeus apresentem novos planos para combater a crise da dívida propiciava uma segunda-feira otimista, com alta de mais de 2 por cento das bolsas nos Estados Unidos e no Brasil e com queda de quase 2 por cento do dólar.
A maré começou com uma matéria no diário italiano La Stampa sobre um plano de resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI) de até 600 bilhões de euros para a Itália. O Fundo negou as informações posteriormente. O mercado também repercutia as informações sobre a criação de bônus por países com nota máxima na dívida (AAA) dentro da zona do euro --também desmentidas, neste caso pelo Ministério das Finanças da Alemanha. O que havia de concreto, por ora, era a negociação entre os países da zona do euro pelo aumento da união fiscal dentro da União Europeia. "O mercado está farejando algo mas não está enxergando nada", escreveu a equipe de análise da Brown Brothers Harriman sobre o aumento do apetite por risco.
Apesar dos desmentidos, o otimismo ajudava o índice global de ações a subir após 10 dias consecutivos de desvalorização.
O Banco Central Europeu (BCE) não mostrou sinais de estar cedendo às pressões políticas para ampliar as compras de bônus, com dados mostrando que as aquisições cresceram apenas ligeiramente a 8,6 bilhões de euros na semana passada.
As projeções econômicas ainda eram pessimistas. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou que a recuperação global está perdendo ritmo, deixando a zona do euro presa a uma leve recessão e os Estados Unidos com risco de seguir esse caminho.
A OCDE reduziu a expectativa de crescimento do PIB norte-americano em 2012 para 2,0 por cento, ante 3,1 por cento na previsão de maio. Para a zona do euro, a estimativa para 2012 foi cortada a 0,2 por cento, ante 2,0 por cento em maio.
Na agenda local, o relatório Focus do Banco Central (BC) mostrou nova revisão para baixo nas perspectivas para o crescimento: para 2011, o mercado espera que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 3,10 por cento, contra 3,16 por cento na semana anterior. A previsão para 2012 caiu para 3,46 por cento, frente a 3,50 por cento no documento anterior.
Veja como estavam os principais mercados às 13h19 desta segunda-feira:
CÂMBIO - O dólar era cotado a 1,8510 real, em queda de 1,88 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA - O Ibovespa subia 2,45 por cento, para 56.239 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 1,49 bilhão de reais.
ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros subiam 3,76 por cento, a 27.919 pontos.
JUROS - Os contratos de DI exibiam alta, com o DI janeiro de 2013 em 9,790 por cento ao ano ante 9,770 por cento no ajuste anterior.
EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,3369 dólar, ante 1,3385 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 130,313 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,410 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS - O risco Brasil caía 17 pontos, para 231 pontos-básicos. O EMBI+ recuava 21 pontos, a 382 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones <.DJI> subiam 2,82 por cento, a 11.548 pontos, o S&P 500 avançava 3,16 por cento, a 1,195 pontos, e o Nasdaq tinha valorização de 3,53 por cento, aos 2.527 pontos.
PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto subia 2,45 dólares, ou 2,54 por cento, a 99,25 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,0470 por cento ante 1,965 por cento no fechamento anterior.
São Paulo - A esperança de que os líderes europeus apresentem novos planos para combater a crise da dívida propiciava uma segunda-feira otimista, com alta de mais de 2 por cento das bolsas nos Estados Unidos e no Brasil e com queda de quase 2 por cento do dólar.
A maré começou com uma matéria no diário italiano La Stampa sobre um plano de resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI) de até 600 bilhões de euros para a Itália. O Fundo negou as informações posteriormente. O mercado também repercutia as informações sobre a criação de bônus por países com nota máxima na dívida (AAA) dentro da zona do euro --também desmentidas, neste caso pelo Ministério das Finanças da Alemanha. O que havia de concreto, por ora, era a negociação entre os países da zona do euro pelo aumento da união fiscal dentro da União Europeia. "O mercado está farejando algo mas não está enxergando nada", escreveu a equipe de análise da Brown Brothers Harriman sobre o aumento do apetite por risco.
Apesar dos desmentidos, o otimismo ajudava o índice global de ações a subir após 10 dias consecutivos de desvalorização.
O Banco Central Europeu (BCE) não mostrou sinais de estar cedendo às pressões políticas para ampliar as compras de bônus, com dados mostrando que as aquisições cresceram apenas ligeiramente a 8,6 bilhões de euros na semana passada.
As projeções econômicas ainda eram pessimistas. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou que a recuperação global está perdendo ritmo, deixando a zona do euro presa a uma leve recessão e os Estados Unidos com risco de seguir esse caminho.
A OCDE reduziu a expectativa de crescimento do PIB norte-americano em 2012 para 2,0 por cento, ante 3,1 por cento na previsão de maio. Para a zona do euro, a estimativa para 2012 foi cortada a 0,2 por cento, ante 2,0 por cento em maio.
Na agenda local, o relatório Focus do Banco Central (BC) mostrou nova revisão para baixo nas perspectivas para o crescimento: para 2011, o mercado espera que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 3,10 por cento, contra 3,16 por cento na semana anterior. A previsão para 2012 caiu para 3,46 por cento, frente a 3,50 por cento no documento anterior.
Veja como estavam os principais mercados às 13h19 desta segunda-feira:
CÂMBIO - O dólar era cotado a 1,8510 real, em queda de 1,88 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA - O Ibovespa subia 2,45 por cento, para 56.239 pontos. O volume financeiro na bolsa era de 1,49 bilhão de reais.
ADRs BRASILEIROS - O índice dos principais ADRs brasileiros subiam 3,76 por cento, a 27.919 pontos.
JUROS - Os contratos de DI exibiam alta, com o DI janeiro de 2013 em 9,790 por cento ao ano ante 9,770 por cento no ajuste anterior.
EURO - A moeda comum europeia era cotada a 1,3369 dólar, ante 1,3385 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40 - O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 130,313 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,410 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS - O risco Brasil caía 17 pontos, para 231 pontos-básicos. O EMBI+ recuava 21 pontos, a 382 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA - O índice Dow Jones <.DJI> subiam 2,82 por cento, a 11.548 pontos, o S&P 500 avançava 3,16 por cento, a 1,195 pontos, e o Nasdaq tinha valorização de 3,53 por cento, aos 2.527 pontos.
PETRÓLEO - Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto subia 2,45 dólares, ou 2,54 por cento, a 99,25 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS - O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,0470 por cento ante 1,965 por cento no fechamento anterior.