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Bolsas de NY viram no final do pregão e fecham em alta

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Após passarem boa parte da sessão em território negativo, os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, com investidores deixando em segundo plano os dados mais fracos que o previsto sobre o nível de emprego no país e se concentrando na melhora econômica sugerida pelos […]

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 19h14.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Após passarem boa parte da sessão em território negativo, os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, com investidores deixando em segundo plano os dados mais fracos que o previsto sobre o nível de emprego no país e se concentrando na melhora econômica sugerida pelos indicadores divulgados ao longo desta semana.

"Muitas vezes, quando temos um bom impulso para cima, o mercado pode ignorar um ou outro relatório ruim, principalmente diante dos dados mais positivos apresentados recentemente", disse Jennifer Ellison, diretora da Bingham, Osborn & Scarborough.

O Dow Jones subiu 19,68 pontos, ou 0,17%, para 11.382,09 pontos. O Nasdaq avançou 12,11 pontos, ou 0,47%, para 2.591,46 pontos. O S&P 500 fechou em alta de 3,18 pontos, ou 0,26%, para 1.224,71 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou ganho de 2,62%, o Nasdaq, de 2,24% e o S&P-500, de 2,97%.

Pela manhã, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que a taxa de desemprego norte-americana subiu de 9,6% em outubro para 9,8% em novembro, enquanto analistas esperavam estabilidade. Além disso, segundo o órgão, a economia do país criou 39 mil vagas de trabalho no mês passado, menos que as 144 mil vagas esperadas pelo mercado.

O dado foi o primeiro indicador relevante divulgado pelos EUA nesta sexta-feira e deixou os investidores desanimados, visto que ao longo da semana foram apresentados dados em geral positivos sobre a economia norte-americana. No entanto, segundo analistas, a leitura fraca sobre o nível de emprego no país reforçou a perspectiva de manutenção do programa de afrouxamento quantitativo do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Isso contribuiu para desvalorizar o dólar em relação a outras moedas e impulsionou as ações de empresas dos setores de matérias-primas e energia - ambos potenciais beneficiados por um enfraquecimento da divisa norte-americana, segundo o estrategista Craig Peckham, da Jefferies. Segundo ele, o avanço desses papéis "reflete a forma como o mercado está se preparando para a probabilidade de uma ação de estímulo mais longa por parte do Federal Reserve".

Outros indicadores apresentaram um quadro menos negativo sobre a economia dos EUA e também ofereceram suporte aos índices. O índice de atividade do setor de serviços do Instituto para Gestão de Oferta (ISM), por exemplo, subiu para 55,0 em novembro, de 54,3 em outubro, em linha com a previsão dos economistas consultados pela Dow Jones. Já as encomendas à indústria nos EUA caíram pela primeira vez em quatro meses em outubro, mas num ritmo menor que o esperado. As informações são da Dow Jones.

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