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Bolsas de NY devem abrir em alta com possível acordo fiscal

O Senado americano deve voltar ao trabalho às 11h (14h de Brasília) na tentativa de chegar a um acordo para evitar o abismo fiscal


	Bolsa de Nova York: no pré-mercado, os índices futuros operam com ganhos
 (Getty Images)

Bolsa de Nova York: no pré-mercado, os índices futuros operam com ganhos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 12h00.

Nova York - As bolsas americanas devem iniciar o último pregão de 2012 em alta, na expectativa de um acordo entre democratas e republicanos nas horas finais das negociações para evitar o abismo fiscal. No pré-mercado, os índices futuros operam com ganhos. Às 12h15 (horário de Brasília), o Dow Jones sobe 0,%, o Nasdaq tem alta de 0,% e o S&P 500 avança 0,%.

O Senado americano deve voltar ao trabalho às 11h (14h de Brasília) na tentativa de chegar a um acordo para evitar o abismo fiscal. As negociações chegaram a um impasse neste domingo (30) à tarde e o senador democrata Harry Reid, líder na casa, disse que ainda há uma distância significativa entre democratas e republicanos para se chegar a um consenso.

Mas Reid afirmou que um acordo ainda é possível e que vai se empenhar para as negociações serem concluídas nesta segunda-feira, último dia do prazo. O abismo fiscal é um conjunto automático de corte de gastos públicos e aumento de impostos que entra em vigor a partir desta terça-feira (1) caso o Congresso não chegue a um acordo até a meia-noite de hoje.

Em um relatório a clientes, dois bancos, Bank of America Merrill Lynch e Deutsche Bank, destacam que, historicamente, acordos importantes nos EUA são sempre fechados na última hora, no apagar das luzes. Um exemplo recente foi a negociação para elevar o teto da dívida pública norte-americana, em 2011. O acordo foi alcançado no último dia do prazo. Por isso, a expectativa de que se chegue a um consenso, ainda que superficial, hoje, deixando o grosso das discussões para o início de 2013.

Ontem, a novidade para atravancar as negociações foram os benefícios previdenciários. Republicanos querem mudar a forma como os gastos com seguridade social são corrigidos com os aumentos da inflação.


Na prática, a forma sugerida iria reduzir os benefícios aos americanos, proposta que os democratas rechaçaram. No final da tarde, senadores republicanos afirmaram que não iam insistir nesta proposta e que ela poderia ser retirada da mesa de negociações. Até agora, o maior ponto de divergência era o limite de renda que os americanos têm que ter para pagar mais impostos em 2013. Democratas querem taxas mais altas para quem ganha acima de US$ 250 mil por ano. Os republicanos querem fixar o limite em US$ 1 milhão.

O presidente Barack Obama previu ontem impacto negativo no mercado financeiro caso o Congresso não chegue a um acordo e pediu que os senadores se esforcem para chegar a um consenso e evitar o aumento de impostos para milhões de americanos em 2013.

Nas notícias corporativas, o papel da rede de livrarias Barnes & Noble pode se destacar no pregão desta segunda-feira, embora ainda não tenha negócios no pré-mercado. No final de semana, a empresa concordou em vender 5% de sua divisão Nook Media, que fabrica o leitor de livros Nook, para o grupo inglês Pearson por US$ 89,5 milhões.

A Barnes & Noble projetava vendas mais fracas do aparelho em 2013 em meio à forte concorrência com a Apple, e seu iPad, e Amazon, com o Kindle. A expectativa agora é que as vendas aumentem, principalmente para o segmento de educação, uma das áreas em que o grupo Pearson tem atuação forte.

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