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Bolsas de NY caem por OCDE e 'abismo fiscal'

Conversas sobre cortes de gastos e impostos tiveram pouco progresso, afirmou líder no Senado, influenciando os índices

O líder da maioria democrata no Senado americano, Harry Reid, vê aumento do teto da dívida do país como acordo para resolução do "abismo fiscal" (Chip Somodevilla/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 20h32.

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, pressionadas pelos receios com o chamado "abismo fiscal" nos Estados Unidos, após o líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, afirmar que houve pouco progresso nas negociações. O humor dos investidores também foi pressionado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que cortou as projeções de crescimento para seus 34 membros.

O índice Dow Jones perdeu 89,24 pontos (0,69%), fechando a 12.878,13 pontos. O Nasdaq recuou 8,99 pontos (0,30%) e terminou a 2.967,79 pontos. E o S&P 500 teve retração de 7,35 pontos (0,52%), finalizando a 1.398,94 pontos.

Segundo a OCDE, assumindo que os piores riscos para a economia global não se concretizem, o Produto Interno Bruto (PIB) combinado de seus 34 países membros deve crescer 1,4% no próximo ano e 2,3% em 2014. Em maio, a previsão de crescimento da organização foi de 1,6% e 2,2%, respectivamente.

Entre os indicadores divulgados nos EUA, dois do setor imobiliário, o índice de preços das moradias da FHFA e o índice de preços em 20 metrópoles da S&P/Case-Shiller registraram melhora em setembro, mas vieram abaixo das estimativas dos analistas ouvidos pela Dow Jones. Os outros dados foram bons.

O índice de atividade do setor industrial do Fed de Richmond subiu para 9 em novembro; o índice de confiança do consumidor norte-americano, medido pelo Conference Board, subiu para 73,7 em novembro, o nível mais alto desde fevereiro de 2008; e as encomendas de bens duráveis ficaram estáveis em outubro.


Enquanto isso, o líder da maioria no Senado disse mais cedo que houve "pouco progresso" nas negociações para a resolução do "abismo fiscal" - uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem caso não haja acordo no Congresso. Reid e a Casa Branca buscam um aumento do teto da dívida como parte do acordo. Mas o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, negou que as negociações tenham chegado a um impasse. Segundo ele, qualquer afirmação de que as conversas tenham "desanimado" é "errada".

Já o presidente do Federal Reserve Bank de Dallas, Richard Fisher, alertou que uma eventual solução temporária para o "horrível" déficit fiscal dos EUA, que não deixe claro para as empresas as políticas fiscal e regulatória do país, pode ter efeitos destrutivos para a economia norte-americana.

Na Europa, após quase 13 horas de reunião, os credores oficiais da Grécia chegaram nesta madrugada a um acordo para reduzir a dívida do país ao nível sustentável de 110% do PIB até 2022. Esse acordo inclui uma extensão dos vencimentos dos empréstimos internacionais, um corte nas taxas de juros que o governo grego está pagando sobre os empréstimos e uma recompra de dívida. Porém, uma das questões mais importantes para a Grécia, que é o recebimento da próxima parcela de ajuda internacional, continuou sem resposta.

O acordo abriu caminho para que a Grécia receba 43,7 bilhões de euros - 34,4 bilhões de euros em dezembro e o restante no primeiro trimestre de 2013. No entanto, o Eurogrupo alertou que isso dependerá da implementação pela Grécia das determinações da troica, incluindo a realização de uma reforma fiscal até janeiro.


No noticiário corporativo, o fundador da Autonomy, Mike Lynch, pediu que a Hewllet-Packard especifique as acusações de fraudes contábeis contra ex-executivos da companhia de software adquirida em outubro de 2011 por US$ 11 bilhões pela gigante de tecnologia. A HP respondeu que o assunto está nas mãos das autoridades e que a empresa irá deixar os órgãos competentes agirem com Lynch da maneira que entenderem. As ações da HP perderam 2,98%.

Já os papéis da ConAgra Foods avançaram 4,74%, após a companhia anunciar que vai comprar a Ralcorp por US$ 5 bilhões.

Os destaques de alta entre os componentes do índice Dow Jones incluem Dow Chemical, com ganho de 0,41%, e Occidental Petroleum, que registrou valorização de 0,32%.

Na outra ponta aparecem American Express, com queda de 2,24%, e Goldman Sachs, com perda de 2,09%. As informações são da Dow Jones.

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Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, pressionadas pelos receios com o chamado "abismo fiscal" nos Estados Unidos, após o líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, afirmar que houve pouco progresso nas negociações. O humor dos investidores também foi pressionado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que cortou as projeções de crescimento para seus 34 membros.

O índice Dow Jones perdeu 89,24 pontos (0,69%), fechando a 12.878,13 pontos. O Nasdaq recuou 8,99 pontos (0,30%) e terminou a 2.967,79 pontos. E o S&P 500 teve retração de 7,35 pontos (0,52%), finalizando a 1.398,94 pontos.

Segundo a OCDE, assumindo que os piores riscos para a economia global não se concretizem, o Produto Interno Bruto (PIB) combinado de seus 34 países membros deve crescer 1,4% no próximo ano e 2,3% em 2014. Em maio, a previsão de crescimento da organização foi de 1,6% e 2,2%, respectivamente.

Entre os indicadores divulgados nos EUA, dois do setor imobiliário, o índice de preços das moradias da FHFA e o índice de preços em 20 metrópoles da S&P/Case-Shiller registraram melhora em setembro, mas vieram abaixo das estimativas dos analistas ouvidos pela Dow Jones. Os outros dados foram bons.

O índice de atividade do setor industrial do Fed de Richmond subiu para 9 em novembro; o índice de confiança do consumidor norte-americano, medido pelo Conference Board, subiu para 73,7 em novembro, o nível mais alto desde fevereiro de 2008; e as encomendas de bens duráveis ficaram estáveis em outubro.


Enquanto isso, o líder da maioria no Senado disse mais cedo que houve "pouco progresso" nas negociações para a resolução do "abismo fiscal" - uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem caso não haja acordo no Congresso. Reid e a Casa Branca buscam um aumento do teto da dívida como parte do acordo. Mas o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, negou que as negociações tenham chegado a um impasse. Segundo ele, qualquer afirmação de que as conversas tenham "desanimado" é "errada".

Já o presidente do Federal Reserve Bank de Dallas, Richard Fisher, alertou que uma eventual solução temporária para o "horrível" déficit fiscal dos EUA, que não deixe claro para as empresas as políticas fiscal e regulatória do país, pode ter efeitos destrutivos para a economia norte-americana.

Na Europa, após quase 13 horas de reunião, os credores oficiais da Grécia chegaram nesta madrugada a um acordo para reduzir a dívida do país ao nível sustentável de 110% do PIB até 2022. Esse acordo inclui uma extensão dos vencimentos dos empréstimos internacionais, um corte nas taxas de juros que o governo grego está pagando sobre os empréstimos e uma recompra de dívida. Porém, uma das questões mais importantes para a Grécia, que é o recebimento da próxima parcela de ajuda internacional, continuou sem resposta.

O acordo abriu caminho para que a Grécia receba 43,7 bilhões de euros - 34,4 bilhões de euros em dezembro e o restante no primeiro trimestre de 2013. No entanto, o Eurogrupo alertou que isso dependerá da implementação pela Grécia das determinações da troica, incluindo a realização de uma reforma fiscal até janeiro.


No noticiário corporativo, o fundador da Autonomy, Mike Lynch, pediu que a Hewllet-Packard especifique as acusações de fraudes contábeis contra ex-executivos da companhia de software adquirida em outubro de 2011 por US$ 11 bilhões pela gigante de tecnologia. A HP respondeu que o assunto está nas mãos das autoridades e que a empresa irá deixar os órgãos competentes agirem com Lynch da maneira que entenderem. As ações da HP perderam 2,98%.

Já os papéis da ConAgra Foods avançaram 4,74%, após a companhia anunciar que vai comprar a Ralcorp por US$ 5 bilhões.

Os destaques de alta entre os componentes do índice Dow Jones incluem Dow Chemical, com ganho de 0,41%, e Occidental Petroleum, que registrou valorização de 0,32%.

Na outra ponta aparecem American Express, com queda de 2,24%, e Goldman Sachs, com perda de 2,09%. As informações são da Dow Jones.

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